Sagitário A*, que fica a 26.000 anos-luz de distância da Terra, gira tão rápido que está alterando o espaço-tempo ao seu redor, aponta estudo
Fabio Previdelli Publicado em 01/12/2023, às 14h44 - Atualizado em 07/12/2023, às 10h06
O buraco negro supermassivo no coração da Via Láctea gira tão rápido que está alterando o espaço-tempo ao seu redor. Conhecido como Sagitário A*, ele fica a 26.000 anos-luz de distância da Terra e pode ajudar nossa compreensão do cosmos e de como as galáxias, incluindo a nossa, se formaram.
Com uma massa milhões de vezes maior que a do nosso Sol, a velocidade de rotação de Sagitário A* foi determinada com ajuda do telescópio do Observatório de Raios-X Chandra da NASA.
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Conforme a teoria da relatividade geral de Albert Einstein, objetos massivos, como Sagitário A*, são capazes de curvar o espaço-tempo ao seu redor. O diferencial do buraco negro no centro da Via Láctea, por sua vez, é a alta velocidade de rotação.
Com esta rotação, Sagitário A* alterará dramaticamente a forma do espaço-tempo em sua vizinhança", disse Ruth Daly, a principal autora do estudo e professora de física na Penn State University, à CNN.
"Se você tem um buraco negro em rotação rápida, o espaço-tempo ao seu redor não é simétrico — o buraco negro em rotação está arrastando todo o espaço-tempo consigo. Ele comprime o espaço-tempo e parece uma espécie de bola de futebol", disse ela.
Conforme relembra o Daily Mail, o espaço-tempo foi um desenvolvimento essencial na teoria da relatividade de Einstein, que explica como a velocidade afeta o tempo e o espaço.
Sua teoria é que o espaço e o tempo estão interligados; o que significa que se os objetos estiverem se movendo no espaço: o tempo irá acelerar se o objeto estiver se movendo lentamente ou desacelerar se estiver se movendo rapidamente.
Einstein fez uma máquina linda, mas não nos deixou exatamente um manual do usuário", disse o astrofísico Paul Sutter ao Space.com.
A descoberta da velocidade de rotação do buraco negro supermassivo também pode revelar a formação e evolução de galáxias, incluindo a nossa, aponta o estudo publicado na revista Monthly Notices of the Royal Astronomical Society.
Ao medir as propriedades da galáxia, os cientistas podem aprender sobre sua história e estrutura, testar teorias, "ou até mesmo inferir a existência de alguns objetos muito interessantes e intrigantes, como buracos de minhoca", explica Dejan Stojkovic, professor de cosmologia da Universidade de Buffalo, que não esteve envolvido no estudo, à CNN.
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