A mistura de poliéster, algodão e prata possibilita a eliminação do patógeno com relevante velocidade, e já está sendo testado para fabricação de máscaras
André Nogueira Publicado em 25/06/2020, às 08h37
Pesquisas na área têxtil envolvendo uma associação da Fapesp (Fundo de Amparo à Pesquisa), a Pipe (programa de fomento de trabalhos em pequenas empresas) e a startup Nanox revelaram como fabricar um tecido capaz de inativar o Sars-Cov-2, patógeno viral da Covid-19, em poucos minutos. Taxa de eliminação é de 99,9%.
A mistura de poliéster com algodão e dois tipos de micropartículas de prata mata o coronavírus em sua superfície, e já foi avaliado em relação a riscos de problemas dermatológicos. Hoje, a pesquisa ainda procura descobrir a duração do efeito antiviral no revolucionário tecido, que é estudado para que possa ser usado na fabricação de máscaras.
A atuação fungicida e antibacteriana do tecido consegue durar após 30 lavagens, e se espera que o sucesso em relação aos vírus seja de mesma proporção. De acordo com os cientistas, as partículas de prata podem ter o mesmo efeito se aplicadas em qualquer tecido híbrido de fibra natural e sintética, sendo que novos testes serão feitos em relação ao uso do material em outras superfícies.
O diretor da Nanox, Luiz Gustavo Pagotto Simões afirmou que a empresa já tem “alianças com empresas e fábricas dos setores têxtil, plástico e de polímeros que o utilizarão na produção e comercialização de máscaras protetoras e roupas hospitalares”, segundo comunicado.
A startup já patenteou o tecido e lançou um artigo sobre o desenvolvimento do material, que envolveu professores da USP, da espanhola Universidade Jaime I e do Centro de Desenvolvimento de Materiais Funcionais.
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