O presidente norte-americano Joe Biden - Getty Images
Faixa de Gaza

Biden deve ordenar abertura de porto em Gaza para entrada de ajuda humanitária

Segundo um levantamento realizado pela Organização das Nações Unidas, 2,2 milhões de pessoas estão passando fome na Faixa de Gaza

Redação Publicado em 07/03/2024, às 17h40

Na noite desta quinta-feira, 7, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, irá anunciar durante um discurso ao Congresso a ordem de abertura de um porto na Faixa de Gaza. A iniciativa do líder americano visa facilitar a chegada de ajuda humanitária pelo mar. 

Hoje à noite, o presidente anunciará em seu discurso sobre o Estado da União que ordenou que as Forças Armadas dos EUA realizem uma missão de emergência para estabelecer um porto no Mediterrâneo, na costa de Gaza, que possa receber grandes navios que transportem alimentos, água, remédios e abrigos temporários”, afirmou um funcionário da Casa Branca à imprensa americana.

Segundo ele, um píer temporário com "capacidade para centenas de caminhões adicionais de assistência todos os dias" será instalado no porto. A operação, realizada em colaboração com Israel, as Nações Unidas e organizações não governamentais humanitárias, receberá os suprimentos pelo Chipre. 

Conforme repercutido pelo jornal Folha de Pernambuco, não ficou claro a data de início das operações. Em entrevista a CNN americana, outra autoridade americana afirmou que o projeto levará "algumas semanas para ser planejado e executado".

As forças que serão necessárias para cumprir essa missão já estão na região ou começarão a se deslocar para lá em breve.”, acrescentou a fonte. 

Crise humanitária

Apesar das autoridades americanas enfatizarem que a entrega de ajuda por meios terrestres é "a maneira mais eficiente e econômica de levar assistência", o anúncio de Biden ressalta a urgência da crise humanitária na Palestina.

Após quase cinco meses de conflito entre Israel e o Hamas, as Nações Unidas alertam que 2,2 milhões de pessoas, a maioria da população, estão passando fome em Gaza. Esta crise é especialmente severa no norte, onde a destruição, os confrontos e os saques tornam praticamente impossível o transporte de mantimentos.

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