Criança impedida de realizar cirurgia pelos pais agora se encontra sob custódia da Justiça
Giovanna Gomes Publicado em 07/12/2022, às 16h01
Autoridades da Nova Zelândia assumiram nesta quarta-feira, 7, a custódia temporária de um bebê de seis meses de idade cujos pais antivacina estariam o impedindo de realizar uma cirurgia fundamental para que sobrevivesse. O motivo, segundo o casal, era que a criança poderia acabar recebendo sangue de doadores vacinados contra a Covid-19.
De acordo com informações da agência de notícias AFP, o Tribunal Superior de Auckland ordenou hoje que o bebê seja colocado sob tutela parcial. Desta forma, o pequeno poderá finalmente realizar a cirurgia para corrigir um problema cardíaco, a estenose pulmonar valvar.
De acordo com as autoridades neozelandesas, o procedimento foi adiado porque os pais não aceitavam que o filho recebesse uma transfusão de sangue que viesse de doador que recebeu uma vacina de RNA mensageiro, tecnologia utilizada na fabricação dos imunizantes da Pfizer e da Moderna contra a Covid-19.
"A questão primordial é se o tratamento proposto é do melhor interesse (do bebê)", disse o tribunal em comunicado. Agora, a criança se encontra sob "tutela médica do Tribunal", assim devendo permanecer até que realize a cirurgia e esteja recuperada do procedimento.
Apesar disso, os pais continuarão sendo os tutores do pequeno "para todos os outros propósitos" e serão "informados sobre a natureza e o progresso da condição e tratamento do Bebê W", como a criança tem sido identificada.
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