Nova análise de naufrágio do século 15 revela mais sobre armamento de tripulação do rei dinamarquês-norueguês Hans, que afundou em 1495
Éric Moreira Publicado em 20/04/2024, às 12h11
Recentemente, foi publicada nos periódicos Södertörn Archaeological Reports and Studies e Stockholm Studies in Archaeology uma pesquisa relacionada a uma nova investigação realizada nos destroços do navio de guerra Gribshunden. Ele, vale mencionar, liderava a frota do rei dinamarquês-norueguês Hans, que afundou em 1495 na costa da atual Suécia.
O Gribshunden estava em uma viagem com direção a Kalmar, na Suécia, quando sofreu um incêndio e afundou, junto a aproximadamente cem mercenários alemães. A documentação das descobertas é feita por pesquisadores da Universidade de Estocolmo e da Universidade de Södertörn, junto ao Museu Nacional da Marinha Real em Portsmouth, Reino Unido e outras instituições.
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Segundo a Revista Galileu, a recuperação da embarcação ocorre desde 2013, mas os novos resultados fornecem uma visão mais detalhada especificamente do armamento daquela tripulação. A nova pesquisa é de autoria dos arqueólogos Rolf Warming e Johan Rönnby.
O conteúdo do baú de armas é indiscutivelmente um dos achados mais importantes", afirma Warming em comunicado. "O baú é conhecido desde um trabalho de campo em 2019, mas agora documentamos cuidadosamente o conteúdo em 3D."
Em meio aos achados do baú, o pesquisador descreve vários diferentes moldes e placas de chumbo, utilizadas na fabricação de balas para pistolas antigas. Segundo Warming, esta caixa provavelmente era de mercenários alemães a bordo quando o navio afundou.
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Anteriormente, também já foi descoberta uma malha de argolas de latão, alguns destroços do navio e até dois suportes de canhão. "O navio é uma peça importante do quebra-cabeça na 'revolução militar no mar' no início da Idade Moderna, na qual as táticas primárias mudaram de combate corpo a corpo para pesado fogo de artilharia naval", alega o pesquisador.
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