Ator foi criticado nas redes sociais ao ser escolhido para viver Jesus Cristo em 'Paixão de Cristo'
Redação Publicado em 16/01/2023, às 14h51 - Atualizado às 17h21
A escolha do ator Klebber Toledo para viver Jesus no espetáculo 'Paixão de Cristo de Nova Jerusalém' causou polêmica entre internautas. Através das redes sociais, um vídeo publicado pelo artista no qual mostra os bastidores da peça gerou comentários negativos.
“Segredos dos bastidores das filmagens da Paixão de Cristo de Nova Jerusalém. Que time especial! Quero mais uma vez agradecer e ressaltar o talento e a entrega de toda a equipe. Obrigado”, escreveu ele na legenda do vídeo.
Repercutido no Instagram da Revista Caras, os internautas fizeram críticas quanto a escalação do ator para viver um personagem histórico que não era branco. Sabe-se que a imagem de um Jesus branco que temos em mente é fruto das representações europeias.
"Jesus branco de olhos azuis... Kkkkk até quando?", escreveu a internauta uaijessica1. "Pq nunca é um jesus preto?", questionou a internauta elenucia2015oliveira nos comentários. "Desde de quando Jesus seria branco e de olhos azuis gente? Coisa mais irreal…", escreveu a conta claudiadepaulaleal.
Outra conta reforçou o mito que existe sobre a imagem que temos em mente de Jesus Cristo: 'Jesus não era loiro de olhos azuis... cancela isso!', comentou a conta lail.lima. "Num guento, esse conceito, de que Jesus era branco, de olhos azuis!? Até qdo isso?!?", escreveu a internauta advlais.
Outros internautas, entretanto, saíram em defesa do ator: "Pessoas discutindo atributos e características físicas de Jesus Cristo e não a Santidade e ensinamentos. Que triste". "O que importa é o sentimento e a fé que você carrega dentro de si . Naquilo que você acredita. Não importa qualquer imagem a sua semelhança, o que importa é você crer nele , ter fé , seguir seus mandamentos", escreveu a internauta euridce80.
Em 2021, o site Aventuras na História conversou sobre o tema que divide opiniões com Alex Fernandes Bohrer, professor de História, História da Arte e Iconografia do Instituto Federal de Minas Gerais, e autor do livro ‘Jesus — um breve roteiro histórico para curiosos’, de 2021.
“Na Igreja Etíope se tornou um Cristo negro, no leste, um Cristo oriental, e, na Europa, o Cristo branco que estamos acostumados. Cada comunidade viu em Jesus uma imagem de si mesma. Como fomos colonizados por Portugal, esse Cristo europeu dos altares aportou aqui e assim se cristalizou no nosso imaginário: branco, muitas vezes loiro e de olhos claros. Mas isso é um erro histórico”, contou Alex. Confira a entrevista completa com o historiador aqui.
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