Darci Alves Pereira assumiu presidência do PL em Medicilândia (PA) em janeiro; mas, nos últimos dias, seu passado como assassino de Chico Mendes veio à tona
Fabio Previdelli Publicado em 28/02/2024, às 10h50
Em 26 de janeiro, Darci Alves Pereira, conhecido também como 'pastor Daniel', assumiu posse como presidente do Partido Liberal (PL) — o mesmo do ex-presidente Jair Bolsonaro — em Medicilândia, uma cidade localizada no Pará.
Nos últimos dias, porém, Pereira se tornou assunto nas redes sociais por conta de seu passado. Acontece que ele é o assassino confesso do ambientalista Chico Mendes — morto em dezembro de 1988.
+ O brutal assassinato de Chico Mendes em 1988
Por conta disso, nesta terça-feira, 28, o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, recomendou a destituição de Darci. Em nota, conforme repercutido pelo O Globo, ele relatou que não sabia que se tratava da mesma pessoa.
Agradeço à imprensa por trazer ao nosso conhecimento esse importante fato. Diante dessas circunstâncias, recomendei ao presidente da estadual do PL do Pará, deputado Éder Mauro, a imediata destituição de Darci Alves Pereira do cargo, conhecido atualmente como Pastor Daniel", disse Valdemar. A saída, porém, ainda não foi confirmada.
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) informa que a indicação de Darci para o cargo aconteceu em um evento realizado na Câmara de Vereadores ainda em novembro de 2023. Além de presidente do PL em Medicilândia, Darci Alves Pereira passou a se apresentar como 'pastor Daniel' e é líder religioso na Assembleia de Deus Última Hora. Ele também tem uma fazenda de cacau e gado.
Chico Mendes foi executado em dezembro de 1988, aos 44 anos. Ele se encontrava no quintal de sua casa, em Xapuri (AC) quando foi assassinado com um tiro no peito. Apenas dois anos depois Darci se entregou as autoridades.
Já em dezembro de 1990, o atual presidente do PL em Medicilândia foi condenado ao lado do pai, Darly Alves da Silva, a 19 anos de prisão. Eles chegaram a ser presos na penitenciária Francisco de Oliveira Conde, em Rio Branco, entretanto, fugiram e viveram três anos foragidos.
Só foram presos novamente pela Polícia Federal em 1996, mas acabaram por mudar a história sobre o crime e alegaram perseguição. Outro desdobramento ocorreu três anos depois.
Na época, Darly alegou problemas médicos e recebeu o direito de cumprir a sua pena em regime domiciliar. Já o filho teve a pena convertida para regime semiaberto após apresentar bom comportamento.
Superando expectativas: 'Gladiador 2' estreia com nota maior do que o filme original
Ativistas pedem fim de 'sacrifício' de árvore gigante ao papa no Natal
Filho de Vladimir Herzog elogia 'Ainda Estou Aqui': 'Homenagem'
Leitura labial revela conversa de Kate Middleton em evento da realeza
Começa a ser erguido o maior prédio do mundo, na Arábia Saudita
Por que Russell Crowe está insatisfeito com 'Gladiador 2'?