Acusado pelo ato acreditava que o ex-primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, fazia parte da instituição religiosa
Redação Publicado em 11/07/2022, às 12h51
Shinzo Abe, ex-primeiro-ministro do Japão, morreu na última sexta-feira, 8, após ser baleado durante um comício público. O suspeito de ser responsável pelo ataque, um homem de 41 anos chamado Tetsuya Yamagami, foi preso em flagrante.
Em interrogatório à polícia, o criminoso teria afirmado "estar irritado" com uma organização religiosa do qual sua mãe era parte. As constantes doações da figura materna, segundo ele, teriam colocado sua família em uma situação financeira precária.
A motivação para seu ato de violência armada, neste contexto, seria a crença de que o político de 67 anos estava envolvido no grupo, segundo repercutido pela AFP.
Embora as autoridades japonesas não tenham divulgado o nome da organização, a Igreja da Unificação no Japão admitiu em uma nota ao público que a mãe de Yamagami participava de seus eventos mensais, esclarecendo, contudo, que estava horrorizada com o assassinato de Shinzo Abe e cooperando como podia com a polícia.
A instituição cristã baseia suas crianças no livro Princípio Divino, escrito pelo fundador coreano Sun Myung Moon, que iniciou o movimento religioso nos anos 50 após fugir da Coreia do Norte, onde havia sido preso e torturado. Ele defendia, entre outras ideias, a unificação das duas Coreias.
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