Série documental estreou na última semana, na plataforma de streaming
Fabio Previdelli Publicado em 16/03/2022, às 10h40 - Atualizado em 20/03/2022, às 00h00
Nesta quarta-feira, 16, estreou na Netflix a série documental '3 Toneladas$: Assalto ao Banco Central', que mostra detalhes surpreendentes sobre um dos maiores roubos da história do Brasil.
Ocorrido em 2005, o assalto ao Banco Central de Fortaleza impressiona pelos seus números: para chegar até o cofre do local, criminosos escavaram um túnel de quase 80 metros de comprimento. Além disso, os ladrões roubaram cerca de 3,5 toneladas de dinheiro, o que equivale a 164 milhões de reais.
Com depoimentos inéditos, inclusive de criminosos que participaram do assalto, o documentário da Netflix esmiúça o crime que estampou as capas dos noticiários — até mesmo da mídia internacional — e que também impressionou pela perspicácia dos criminosos. Veja abaixo 5 curiosidades sobre o crime:
Ao todo, a construção do túnel que levava ao cofre do Banco Central demorou cerca de 3 meses para ser concluída. Para isso, os criminosos abriram uma empresa de grama sintética, que servia como fachada para acobertá-los.
Assim, foi possível cavar um túnel de 77 metros de comprimento que ligava os dois pontos. Tal façanha só foi realizada pois os envolvidos no crime trabalhavam em turnos de até sete pessoas na escavação do buraco, sem parar, usando pá de jardineiro.
O túnel contava com um sistema de ventilação, iluminação e linha para interfone (eles não usavam telefone para não deixar provas). Estima-se que 900 tábuas de madeira foram usadas em sua construção.
O dono da empresa de grama sintética foi identificado através de um documento falso que tinha o nome de Paulo Sérgio. Um dado curioso é que a data de nascimento registrada no RG (05/08/1968) condizia com o dia e o mês que a quadrilha efetuou o roubo: em 5 de agosto de 2005.
Além do mais, Paulo Sérgio sempre teve um ótimo relacionamento com a vizinhança, uma forma de não levantar suspeitas. A audácia do criminoso era tamanha que ele chegou a distribuir bonés estampados com o nome da firma em uma boate que frequentava.
O assalto foi praticado durante o final de semana, portanto, os funcionários do Banco Central só ficaram sabendo do roubo na segunda-feira posterior ao crime. Quando chegaram no cofre, se depararam com um buraco no chão.
Sem saber que ele era a saída de um túnel de 77 metros. A passagem era inacessível para muitos, visto que somente uma pessoa magra poderia adentrá-lo. Isso não foi um empecilho para o policial Enéas Sobreira, que decidiu fazê-lo sem saber quem ou o que encontraria pela frente. Ele rastejou por uma hora até o fim do túnel.
Após fugirem com o dinheiro roubado, diversos integrantes da quadrilha cometeram um grave erro: embora usassem documentos falsos, suas fotos eram reais. O fato possibilitou que eles fossem identificados pela polícia.
Um dos nomes falsos que mais chamaram a atenção foi o usado por Fernando Carvalho, que tinha, por coincidência — ou não —, uma ‘homenagem’ ao poeta Vinícius de Moraes. Assim, sua identidade tinha o nome de Fernando Vinícius de Moraes.
Logo após o assalto, a Polícia Civil procurou em revendas de carros e caminhões pistas sobre a aquisição de veículos que poderiam ser usados para transportar o dinheiro de Fortaleza. Descobriram que, para a fuga com parte do dinheiro do banco, 6 milhões de reais foram escondidos em carros zero num caminhão cegonha.
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