Imagens permaneceram escondidas por centenas de anos, por culpa de desenhos feitos entre os séculos 16 e 19
Letícia Yazbek Publicado em 19/11/2018, às 13h30 - Atualizado às 14h31
Pesquisadores da Universidade de Tübingen, na Alemanha, descobriram figuras gravadas há cerca de 12 000 anos nas cavernas conhecidas como Grottes d’Agneux, localizadas no leste da França. As pinturas estavam escondidas sob uma camada de grafites centenários, ainda que berm mais recentes, feitos entre os séculos 16 e 19.
Arqueólogos já suspeitavam de que as Grottes d’Agneux abrigavam pinturas produzidas há milhares de anos, no Paleolítico – período mais antigo do desenvolvimento cultural humano. No entanto, a arte mais recente fez com que as pinturas antigas permanecessem escondidas por centenas de anos.
Usando a tecnologia de escaneamento, os especialistas examinaram a camada de grafite, formada principalmente por inscrições de nomes e datas, além de alguns desenhos figurativos. Por baixo dessa camada, eles encontraram e reconstruíram as imagens de um cavalo e de um cervo. A datação por carbono-14 determinou que as figuras têm 12 000 anos de idade.
Segundo Harald Floss, professor de Pré-História e Ecologia Quaternária da Universidade de Tübingen e líder do estudo, a localização privilegiada das cavernas fez com que, ao longo do tempo, muitas pessoas visitassem o local e deixassem suas marcas nas paredes.
Cavernas que abrigam pinturas e gravuras são encontradas em boa parte da Europa. Mas, de acordo com Floss, as imagens de cervos e cavalos são os primeiros exemplos de arte rupestre criados por seres humanos paleolíticos.
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