Arquidiocese Católica de Los Angeles, a maior dos Estados Unidos, fechou acordo para indenizar 1.353 pessoas que alegaram ter sido vítimas de abuso
Redação Publicado em 17/10/2024, às 12h30
A Arquidiocese Católica Romana de Los Angeles, a maior do país, firmou um acordo no valor de 880 milhões de dólares (quase R$ 5 bilhões) com 1.353 pessoas que alegaram ter sido vítimas de abuso sexual na infância por parte de sacerdotes católicos. Este representa o maior acordo já realizado por uma diocese nos Estados Unidos em casos antigos de abusos.
O Arcebispo José H. Gómez expressou pesar pelos abusos ao anunciar o acordo na quarta-feira, 16. "Sinto muito por cada um desses incidentes, do fundo do meu coração", repercutiu o The Guardian.
Minha esperança é que esse acordo forneça alguma medida de cura para o que esses homens e mulheres sofreram", prosseguiu.
A arquidiocese iniciou a mediação das reivindicações após a promulgação de uma lei na Califórnia, que permitiu novas ações judiciais baseadas em casos anteriores de abuso sexual envolvendo menores.
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Leis semelhantes na Califórnia e em outros estados levaram várias grandes organizações católicas a buscar proteção contra falência nos Estados Unidos. No estado, a arquidiocese de São Francisco e as dioceses de Oakland e San Diego entraram com pedidos de falência para resolver reivindicações semelhantes.
Ao contrário dessas, a arquidiocese de Los Angeles alcançou seu acordo sem recorrer à falência. Segundo Gómez, a arquidiocese conseguirá indenizar as vítimas utilizando reservas em caixa, investimentos, empréstimos e contribuições de outras organizações religiosas mencionadas nas ações judiciais. Ele destacou que os pagamentos não afetarão a missão da arquidiocese de "servir os pobres e vulneráveis em nossas comunidades".
Advogados da arquidiocese e do conselho representativo dos demandantes emitiram uma declaração conjunta na quarta-feira, agradecendo aos sobreviventes por relatarem suas histórias e ajudarem a garantir que abusos semelhantes não se repitam no futuro.
"Embora não haja quantia de dinheiro que possa substituir o que foi tirado desses 1.353 indivíduos corajosos que sofreram em silêncio por décadas, há justiça na responsabilização", afirmou o conselho representativo dos demandantes na declaração conjunta.
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