Surpreendentemente, as joias parecem ter sido escondidas antes da invasão mongol ao território no século 13
Isabela Barreiros, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 02/09/2021, às 14h03
No início do ano, um trabalho de campo realizado perto da antiga cidade russa de Ryazan, capital do principado de Rus que foi invadido pelos mongóis no século 13, revelou um tesouro medieval contendo uma série de joias feitas de prata, como relatou o LiveScience.
A descoberta foi divulgada por meio de um comunicado da Academia Russa de Ciências publicado recentemente, dando destaque à datação do tesouro. Para os pesquisadores responsáveis pela análise, os artefatos foram enterrados antes da invasão mongol em 1237.
Os estudiosos ressaltam que a prática de enterrar tesouros para escondê-los de invasores era muito comum e inúmeros objetos antigos foram enterrados nas proximidades remontando ao período das invasões.
No entanto, a descoberta em específico parece ter sido escondida ao menos um século antes de o povo ter chegado ao território, entre o final do século 11 e começo do século 12. Os arqueólogos chegaram a essa conclusão com base no estilo dos outros artefatos encontrados na região.
Na nota, os pesquisadores da Academia Russa de Ciências escrevem: "O tesouro é claramente mais antigo que o Velho Tesouro Ryazan [o mais conhecido tesouro encontrado na região] e inclui joias feitas com técnicas mais simples e de uma maneira mais arcaica".
Foram identificadas 14 pulseiras ornamentadas, sete anéis, oito pingentes que geralmente eram usados ao redor do pescoço nomeados de "hryvnias de pescoço" e outros artefatos que ainda estão sendo avaliados pelos especialistas.
"Estudos adicionais dos itens do tesouro, a técnica de sua fabricação, a composição do metal irão complementar nosso conhecimento da história inicial do Velho Ryazan", disseram os arqueólogos, "e possivelmente revelarão o contexto histórico da ocultação do tesouro."
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