Novas evidências apontam como era a vida nas chamadas 'casas de trabalho' britânicas, habitadas por pobres e presidiários
Redação Publicado em 16/11/2023, às 12h41 - Atualizado às 14h13
Arqueólogos do MOLA (Museu de Arqueologia de Londres) descobriram "uma parte significativa do edifício original" da "casa de trabalho St. Pancras", conforme repercutido pelo The Guardian.
As casas de trabalho eram instituições pertencentes ao governo inglês onde pessoas de classes baixas e presidiários podiam encontrar moradia e um emprego. Elas se tornaram famosas durante o período vitoriano.
O gerente de projetos do museu, Gwilym Williams, disse que a nova descoberta revela uma imagem bem diferente dessas casas de trabalho em comparação com aquela que é apresentada na cultura pop britânica e em particular nos escritos de Charles Dickens.
Embora as instalações sejam espartanas, os presos não estavam lá para serem punidos… Havia jardins, uma enfermaria e um berçário. Estes reconhecem as suas necessidades tanto quanto as salas aquecidas ou a pintura azul clara nas paredes", apontou Williams.
Entre os novos escombros, foram encontradas paredes com até um metro de altura, com gesso de cores vivas e lareiras. Além disso, também foram achadas louças institucionais e os restos de uma escova de dentes, o que indica a preocupação com a higiene pessoal na época.
Essas novas evidências indicam que a casa de trabalho de St. Pancras foi inaugurada para trazer conforto para os cidadãos pobres e os presidiários que estavam atrás de um trabalho, tendo um interesse maior em apoiá-los que em dissuadi-los a buscar a ajuda do Estado.
Até a recente descoberta nas escavações, o que se sabia do edifício somente a sua arquitetura, por conta de mapas paroquiais. O prédio foi construído em 1809 para abrigar 500 presos, onde recebiam alojamento e comida básica.
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