Foram encontrados restos de cabanas, moedas e cachimbos na região que era uma plantação mantida por jesuítas
Isabela Barreiros Publicado em 04/11/2020, às 15h06
Uma equipe de arqueólogos e a Administração Estadual de Rodovias do Departamento de Transporte de Maryland (MDOT SHA) trabalharam nesta semana na descoberta de um bairro de pessoas escravizadas identificado no Newtown Neck State Park, em Maryland, nos Estados Unidos.
Os especialistas foram responsáveis por localizar restos de cabanas usadas pelos indivíduos, cachimbos de argila, xícaras de cerâmica, moedas, entre outros objetos pessoais. Tudo isso foi encontrado próximo de uma grande casa que, no século 18, abrigava jesuítas missionários que comandavam uma plantação na região.
Um documento demonstra que 272 escravos do local foram vendidos em 1838. “Os jesuítas eram prolíficos em seus registros, mas muito pouco sobreviveu dos escravos afro-americanos que trabalharam nos campos e serviram à Igreja Católica”, disse Julie Schablitsky, arqueóloga chefe do MDOT SHA.
Ela afirma: “Se existe um lugar em Maryland que contém a história de diversas culturas convergindo para encontrar a liberdade religiosa em um ambiente de conflito, sacrifício e sobrevivência, é aqui”.
Naquele ano, essas pessoas foram obrigadas a embarcar em ao menos três navios diferentes com destino ao estado de Louisiana. As anotações informam ainda que, além de adultos, crianças e bebês também foram vendidos.
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