Mão de idosa que foi mantida em condições análogas à escravidão - Divulgação / vídeo / TV Globo
Escravidão

Após 72 anos em situação análoga à escravidão, idosa ganha direito a um salário mínimo

A vítima, que foi explorada por três gerações de uma mesma família, deve receber pensão de apenas um salário

Giovanna Gomes Publicado em 26/01/2023, às 13h08

Uma idosa que passou 72 anos de sua vida em situação análoga à escravidão ganhou na Justiça o direito a uma pensão mensal. No entanto, o valor a ser pago à vítima, resgatada em março de 2022 após denúncia anônima, deve ser de somente um salário mínimo.

De acordo com informações do portal de notícias g1, a idosa trabalhou a vida inteira para uma mesma família, passando por três gerações. Nesse período, ela jamais recebeu salário ou qualquer benefício ao qual teria direito por lei. Explorada, a mulher não se casou, não teve filhos e acabou perdendo o contato com os familiares.

Caso mais longo de exploração

Segundo o Ministério Público do Trabalho, esse é o caso mais longo de exploração registrado no Brasil desde o início do registro histórico, que se deu em 1995.

O portal de notícias destacou que, além do pagamento de pensão mensal no valor de um salário mínimo, a Justiça do Trabalho determinou a apreensão judicial dos imóveis e veículos do empregador. Além disso, ordenou a imediata devolução dos documentos da idosa, bem como de uma quantia em dinheiro pertencente a ela.

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