Um projeto de restauro do Templo de Esna revelou várias pinturas interessantes retratando personagens do zodíaco
Redação Publicado em 23/03/2023, às 15h09
O Templo de Esna, em Luxor, no Egito, tem cerca de 2200 anos. Antes de ter o nome que tem hoje, a cidade era chamada de Tebas, e era a capital dos faraós no auge de seu poder. Hoje, é um sítio arqueológico enorme, cheio de vestígios fascinantes de uma era passada nas margens do Nilo. No santuário de Esna, foram encontradas interessantes pinturas retratando todos os signos do zodíaco.
Um projeto de restauração do templo, limpando dois milênios de poeira e cocô de pássaro, encontrou as estranhas pinturas decorando as paredes e os tetos do templo no sul do Egito. A descoberta foi anunciada na segunda-feira, 20 de março, pelos arqueólogos.
Algumas outras representações artísticas restauradas mostram um conhecimento de astronomia dos antigos egípcios, retratando os planetas Júpiter, Saturno e Marte junto de imagens de constelações e estrelas que eram usadas por eles para ajudar a medir o tempo.
Entre as imagens, também foram encontradas representações de serpentes, crocodilos e criaturas híbridas, como uma cobra com cabeça de carneiro. Os pesquisadores já sabiam que a maioria das imagens estava ali, mas agora, após a limpeza, finalmente conseguiram vê-las em detalhe.
O egiptólogo Christian Leitz, professor da Universidade de Tübingen, na Alemanha e um dos principais pesquisadores a trabalhar na restauração do templo, explicou ao site de divulgação científica LiveScience que o zodíaco é parte da cultura e da astronomia babilônica, e só vai aparecer no Egito na era ptolomaica, que começa em 304 a.C.
Depois de sua introdução, o zodíaco passou a ser bem popular entre os egípcios, e o modelo que se vê no Templo de Esna é o mesmo que continua sendo usado hoje, tirando o jeito de desenhar alguns símbolos. Agora, o time de arqueólogos no local está dedicado a analisar as novas inscrições encontradas depois da limpeza, que ainda não se sabe sobre o que tratam.
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