Recentemente, pesquisadores revelaram que um sistema de fortificação de um ‘plano urbano’ foi localizado em uma ilha ao norte da Sicília
Isabelly de Lima Publicado em 16/01/2024, às 09h54 - Atualizado às 12h46
Pesquisadores revelaram recentemente a descoberta de um sistema de fortificação enterrado sob a antiga vila da Idade do Bronze, conhecida como Villaggio dei Faraglioni, localizada em Ustica, uma pequena ilha ao norte da Sicília, na Itália.
O assentamento, que remonta entre 1.400 e 1.200 a.C., apresenta um "plano urbano ordenado", composto por cabanas e estreitas estradas, situado no extremo norte da ilha.
Utilizando tecnologias avançadas, como radar de penetração no solo e tomografia elétrica, uma equipe multidisciplinar de arqueólogos e geólogos identificou os vestígios de uma parede fortificada em forma de arco. Com impressionantes 250 metros de comprimento e alturas que variam entre 4 e 5 metros, os especialistas descreveram a estrutura como um "muro poderoso".
O achado surpreendente foi divulgado em um estudo publicado no Journal of Applied Geophysics, destacando que esta é a primeira vez que as fortificações ocultas foram avistadas, apesar de inúmeras escavações realizadas desde a década de 1970.
Graças [aos instrumentos], foi possível localizar com precisão e de forma totalmente não invasiva as fundações profundas da [estrutura] desde a parede, que desempenhava as funções de primeira barreira defensiva”, declarou Vincenzo Sapia, geofísico aplicado do Instituto Nacional de Geofísica e Vulcanologia (INGV), segundo repercutido pela Live Science.
A vila fortificada de Villaggio dei Faraglioni permaneceu ativa por séculos, e os pesquisadores a consideram "um dos assentamentos mediterrâneos mais bem preservados de seu tempo". Franco Foresta Martin, diretor do Laboratório do Museu de Ciências da Terra de Ustica, associado ao INGV, enfatizou que essa descoberta lança uma nova luz sobre a compreensão da aldeia, revelando uma complexidade defensiva além das expectativas.
A tecnologia geofísica, conforme Martin destaca, permite explorar camadas ocultas da história sem recorrer a escavações invasivas, abrindo caminho para futuras pesquisas, de acordo com informações do portal Live Science.
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