Anielle Franco, irmã de Marielle, será ministra da Igualdade Racial

Em anúncio dado pelo presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na manhã desta quinta-feira, 22, foi declarado que Anielle Franco, irmã de Marielle Franco, será ministra da Igualdade Racial, pasta que será criada pelo novo governo.

Anielle se reuniu com Lula em Brasília na quarta-feira, 21. Ela, que é diretora do instituto que leva o nome de Marielle, também integrou a equipe de transição do novo governo.

Ela já atuou na Coalizão Negra por Direitos, tendo experiência como ativista e apoiadora do movimento negro, como informado pela Folha de São Paulo. Além de uma demanda da sociedade, ela também atende a uma ala mais à esquerda do governo, para que sua Esplanada seja mais diversa.

O número de ministérios será ampliado pelo futuro governo que retomará as 37 pastas que formaram a Esplanada no segundo mandato de Lula e no primeiro de Dilma Rousseff (PT). O governo será entregue por Jair Bolsonaro (PL) com 23 ministérios, enquanto que, Dilma deixou 39 após sofrer o impeachment.

Marielle Franco

A vereadora  Marielle Franco foi assassinada em 2018 junto de seu motorista, Anderson Gomes, no Rio de Janeiro. O veículo foi atingido com 13 tiros. Ela foi militante dos Direitos Humanos e Presidente da Comissão da Mulher da Câmara.

Lula havia sido criticado depois de seu primeiro anúncio ministerial por nomear apenas homens, brancos e aliados. Uma pasta cujo comando ainda não foi anunciado é a dos Povos Indígenas.

O nome mais cotado, até o momento, é o de Sônia Guajajara, deputada federal eleita pelo PSOL de São Paulo. Ela é uma das três lideranças indicadas pela Apib (Articulação dos Povos Indígenas do Brasil) para ocupar o cargo. Com ela, foram recomendados, Joênia Wapichana, deputada federal não reeleita da Rede de Roraima, e Weibe Tapeba (PT), vereador de Caucaia (CE).