Pesquisadores da Universidade de Yale, nos Estados Unidos, chegaram a uma conclusão inusitada a respeito da antiga população
Redação Publicado em 27/07/2023, às 19h02
Nesta quarta-feira, 26, uma pesquisa divulgada na revista Science Advances esclareceu a origem da população que habitou Machu Picchu no século 15. O estudo realizado pela Universidade de Yale, nos Estados Unidos, concluiu que seus moradores nasceram por todo o Império Inca, alguns até mesmo na Amazônia.
As descobertas, reveladas por meio de um estudo genético nos corpos dos servos, explicaram que a cidade era um centro cosmopolita, povoado por pessoas de diferentes grupos étnicos.
Conforme repercutido pela Revista Galileu, as conclusões foram feitas através da comparação do DNA de 34 pessoas, que atuaram como servos da família real, com outros 34 indivíduos originários de Cusco.
Em nota, Richard Burger, líder da pesquisa e professor de Antropologia na Universidade de Yale, afirmou que a inspeção do DNA comprovou que muitas das pessoas que passaram pelo território não nasceram sob o controle inca, e isso comprova “uma diversidade muito maior de origens do que se suspeitava com indivíduos trazidos de todo o império”.
Lucy Salazar, pesquisadora do Departamento de Antropologia de Yale e co-autora do estudo, esclareceu que algumas dessas pessoas faziam parte de grupos que se estendiam até a região da Amazônia.
Um resultado inesperado foi a descoberta de que muitos dos retentores eram de origem amazônica e cerca de um terço deles têm DNA refletindo quantidades significativas de ancestralidade amazônica”, disse Salazar.
Outra descoberta inusitada foi que muitos dos indivíduos possuíam ancestralidades mistas, de origem distante entre si. Isso aponta para uma seleção deliberada de parceiros, visando uma comunidade mais diversa quando comparada com a das regiões agrícolas.
Os pesquisadores também estimam que Machu Picchu servia de residência sazonal para a família do imperador Pachacuti. Logo, os yanacona, lacaios que habitaram permanentemente a região, após terem sido trazidos a força para realizar a manutenção das instalações, foram objetos deste estudo.
O professor da Universidade da Califórnia em Santa Cruz e co-autor da pesquisa, Lars Fehren- Schmitz, explicou a importância dos yanacona para o estudo:
[O estudo] nos dá uma visão única sobre a vida de uma comunidade altamente diversificada de indivíduos e suas famílias que foram sujeitas a políticas de reassentamento e reassentamento forçado Inca”, afirmou Lars.
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