A partir da pesquisa, foi possível descobrir a verdadeira datação das pinturas: elas são algumas das antigas de seu tipo no norte da Europa
Isabela Barreiros, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 18/02/2021, às 08h00
Entre as décadas de 1930 e 1980, conservadores descobriram inúmeros afrescos sob cal nas paredes da Catedral de Augsburg, na Baviera, Alemanha. Na época, porém, eles não faziam ideia da importância do que tinham acabado de encontrar.
Apenas recentemente, pesquisadores realizaram estudos especializados nas pinturas, com o intuito de datá-las e de descobrir o que estava representado nelas. O que eles perceberam foi impressionante: elas eram ainda mais antigas do que se supunha.
As primeiras análises superficiais feitas nas obras sugeriram que elas remontam a por volta de 1065. Agora, Birgit Neuhäuser, porta-voz do Escritório do Estado da Baviera para a Proteção do Patrimônio (BSOHP), afirma: “Podemos supor que, no caso de uma importante igreja episcopal, os afrescos teriam sido pintados logo após a construção, logo após...1000.”
Neuhäuser explicou que elas fazem parte da decoração original da igreja, o que explica elas serem tão antigas. Assim, os afrescos se tornaram algumas das mais antigas pinturas medievais do norte da Europa.
Além disso, os especialistas também foram responsáveis por limpar e restaurar as pinturas, o que revelou parte das ilustrações que elas apresentavam. Foi possível perceber duas cenas em específico: uma que mostrava a vida do santo católico João Batista, e outra que representava sua decapitação, em por volta de 30 d.C.
Para os pesquisadores, isso pode indicar que os afrescos tinham o intuito de mostrar cenas opostas, sendo o começo seu batismo, e, depois, sua morte.
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