Uma pesquisa publicada na National Science faz previsões curiosas em relação ao futuro da Terra
Redação Publicado em 11/10/2022, às 15h19
Um estudo publicado na revista científica National Science prevê que, no futuro, o Oceano Pacífico irá desaparecer, levando à junção da América e da Ásia em um supercontinente batizado de "Amásia".
Nos últimos dois bilhões de anos, os continentes da Terra colidiram para formar um supercontinente a cada 600 milhões de anos, o que é conhecido como ciclo do supercontinente. Isso significa que os continentes atuais devem se reunir novamente em algumas centenas de milhões de anos", explicou Chuan Hang, um dos envolvidos na pesquisa, conforme repercutido pelo UOL.
Há 320 milhões de anos, houve a criação da Pangeia, e, daqui a aproximadamente 300 milhões de anos, se formará a Amásia.
A descoberta foi feita através da simulação dos movimentos futuros das placas tectônicas da Terra com a ajuda de um supercomputador. A espessura dessas estruturas tende a diminuir com o tempo, o que causará o encolhimento do oceano.
Os cientistas teorizam que será o Oceano Pacífico a desaparecer, e não o Atlântico ou o Índico, porque esse é o corpo d'água mais antigo do planeta, tendo se formado há 700 milhões de anos. Sua diminuição, por sua vez, já vem acontecendo desde a Era dos Dinossauros.
Um detalhe interessante que mostra essa trajetória é que a Austrália vêm se movendo na direção da Ásia em uma velocidade de sete centímetros ao ano. Conforme as previsões dos pesquisadores, o país irá se chocar com o continente asiático, o que ajudará a impulsioná-lo na direção das Américas.
Infelizmente, as estimativas para a vida na Amásia não são muito boas: toda a região central do supercontinente terá um clima quente e seco, o que impactará a biodiversidade do planeta Terra.
A Terra como a conhecemos será drasticamente diferente quando Amásia se formar. Espera-se que o nível do mar seja mais baixo e o vasto interior do supercontinente será muito árido, com altas temperaturas diárias. Estamos apenas começando a olhar para todo o sistema terrestre, do núcleo à atmosfera, como um sistema intimamente ligado que evoluiu em conjunto", descreveu Zheng-Xiang Li, co-autor do estudo.
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