Ninguém sabe ao certo como ela afundou, mas seus tesouros e estátuas enormes revelam sua suntuosidade
Pamela Malva Publicado em 17/04/2020, às 07h00
A cidade de Thonis-Heracleion poderia ser considerada a Viena do Egito. Construída em torno de seu grande templo, era atravessada e interligada por uma rede de canais. Cada pequena ilha, entre as teias aquática, abrigava casas e pequenos santuários.
Há 2.300 anos atrás, Thonis-Heracleion — os nomes egípcio e grego da cidade — era um dos grandes centros portuários do mundo. Por isso, seu porto comandava e controlava todo o comércio do Egito.
Localizada a 6,5 quilômetros da costa de Alexandria, sua história hoje é pouco conhecida. O que se sabe, no entanto, é que ela ficou, durante milhares de anos, escondida, submersa no fundo do mar.
As citações sobre Thonis-Heracleion apareciam em inscrições e textos antigos, mas ninguém sabe ao certo como ela foi parar debaixo d'água. A primeira luz sobre a cidade foi encontrada por Franck Goddio, um arqueólogo francês.
O cientista e sua equipe conseguiram encontrar diversas ruínas da cidade, depois de anos examinando a Baía de Abu Qir, na costa do Egito. Sua primeira descoberta foi a enorme cabeça de uma das estátuas da época.
Além dela, os arqueólogos encontram 64 embarcações, 700 âncoras, um pote de pedra maciça cheio de moedas de ouro e muitas outras estátuas, todas com mais de 16 pés de altura (equivalente a quase 5 metros). Grande parte das peças, feiras de granito e diorito, estavam perfeitamente preservadas pela água.
Junto aos artefatos, os arqueólogos ainda encontraram os restos de um enorme templo, que foi construído em homenagem ao deus Amon-Gereb. Nos arredores do local, uma descoberta surpreendeu: os cientistas se viram de frente com pequenos sarcófagos, usados para enterrar os animais que eram usados como oferendas.
Todos os objetos ajudam a construir melhor a imagem de como era a vida e o cotidiano em Thonis-Heracleion. Confira algumas fotos do achado:
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