- Crédito: Reprodução/Luiz Alfredo/Revista O Cruzeiro
Brasil

Colônia de Barbacena: O holocausto brasileiro em imagens

O Manicômio de Barbacena foi palco de um dos piores massacres na história de nosso país, e chegou a ser comparado com um campo de concentração nazista

Alana Sousa e Mariana Ribas Publicado em 17/08/2019, às 06h00 - Atualizado em 18/08/2019, às 09h00

O complexo manicomial conhecido por "Cidade dos Loucos" foi fundado em 12 de outubro de 1903, em Barbacena, Minas Gerais. Antes de ser um local focado no "tratamento" psiquiátrico, o Hospital Colonial de Barbacena tratava pacientes vítimas da tuberculose, o que explica a localização afastada do hospital, em cima de uma montanha. Local perfeito também para excluir os grupos marginalizados da sociedade.

A instituição era formada por diversos prédios e pavilhões, e cada um deles tinha uma especialidade. Entre eles estavam o Pavilhão Zoroastro Passos, para onde iam as mulheres indigentes, e o Antônio Carlos, a área dos homens indigentes. Os pavilhões Afonso Pena, Milton Campos, Rodrigues Caldas e Júlio Moura recebiam todo o tipo de pessoas, sendo que 70% deles não tinha nenhum diagnóstico mental. Eram alcoólatras, homossexuais, prostitutas, viciados em drogas, e mendigos. Os indesejados pela sociedade.

Os tratamentos funcionavam à base de tortura: utilizavam cadeiras elétricas, solitárias e camisas de força. Os pacientes eram submetidos a situações precárias, como fome e sede. Em alguns casos, chegavam a beber a própria urina. Nos pátios, viviam nus e em meio a ratos e baratas; urinavam e defecavam no chão.

Os métodos de tratamento e as condições do Manicômio causaram a morte de mais de 60 mil pessoas. O período em que mais morreram pessoas nessa instituição foi por volta de 1960 a 1970, no início da Ditadura Militar no Brasil (1964-1985).

Confira imagens de como era o cotidiano dentro da Manicômio.

Crédito: Reprodução/Luiz Alfredo/Revista O Cruzeiro

 

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