Flordelis e alguns de seus filhos foram condenados pelo assassinato de Anderson do Carmo
Redação Publicado em 08/11/2022, às 19h18
Mais dois filhos da ex-deputada Flordelis dos Santos de Souza foram condenados pela participação na morte do pastor Anderson do Carmo, durante o segundo júri popular de acusados de envolvimento no crime. Anderson foi assassinado a tiros quando entrava em casa, em junho de 2019, em Niterói.
Segundo as investigações da Polícia Civil, Flordelis foi a mandante do crime contra o marido. O pastor controlava todo o dinheiro da denominação evangélica que era comandada pela família, Ministério Flordelis, formada pelo casal e por mais de seus 50 filhos adotivos.
A audiência da ex-deputada ainda está acontecendo e pode durar até 3 dias, mas durante todo o processo ela negou ter qualquer ligação com a morte do marido. Antes de ser presa, ela realizou uma live na qual reafirmava sua inocência:
Caso eu saia daqui hoje, saio de cabeça erguida porque sei que sou inocente. Todos saberão que sou inocente, a minha inocência será provada e vou continuar lutando para garantir a minha liberdade, a liberdade dos meus filhos e da minha família, que está sendo injustiçada”.
Alguns dos filhos do casal estão envolvidos no assassinato do então pai adotivo. Conheça os filhos que estão ligados ao caso:
Por associação criminosa armada, Carlos Ubiraci Francisco da Silva encarou a condenação de 2 anos, 2 meses e 20 dias de prisão. No caso de Ubiraci, ele foi absolvido da participação no crime, da tentativa de homicídio duplamente qualificado pelos episódios de envenenamento e de homicídio triplamente qualificado contra Anderson.
Durante um interrogatório, ele negou a relação com o crime. Carlos demorou para expressar qualquer suspeita em relação à mãe, Flordelis, mas acabou revelando que “acredita, sim” que ela teve participação direta no assassinato do marido.
Ele ainda chegou a ressaltar que, mesmo se essa ligação fosse confirmada, ele "não viraria as costas nem deixaria de estar do lado dela, pois é sua mãe e ela o ajudou muito”.
Apontado como o autor dos disparos que mataram o pastor, Flávio dos Santos Rodrigues foi condenado a 33 anos e dois meses de prisão por homicídio, porte ilegal de arma de fogo, associação criminosa e uso de documento falso. Ele se manteve em silêncio durante o julgamento realizado no dia 24 de novembro de 2021.
Enquanto as investigações da polícia estavam acontecendo, ele confessou ter atirado no padrasto, contudo, voltou atrás e negou envolvimento no crime. Lucas Cézar, outro filho de Flordelis afirmou que Flávio teria dito que "acabaria com o sofrimento" da mãe, se referindo a problemas dela com Anderson.
Os problemas de ambos não seriam de cunho pessoal, no caso, com a relação deles, mas envolviam os recursos da família, de acordo com informações do Uol.
Condenado a 7 anos e 6 meses por prisão e homicídio, Lucas Cézar dos Santos de Souza é acusado de ter comprado a arma do crime. Ele afirmou, durante o julgamento, que a ex-deputada pediu que ele assumisse a autoria do crime, por carta. "Ela disse que iria me dar toda a assistência, que tinha o apoio da primeira-dama e de um ministro", declarou Lucas.
Contudo, essa carta, que teria sido entregue a ele dentro do presídio, nunca, de fato, apareceu. Ele chegou a incriminar outros filhos de Flordelis em uma falsa carta que teria sido escrita, segundo as investigações, a pedido dela.
Filho biológico de Flordelis, Adriano dos Santos Rodrigues também foi condenado por crimes de uso de documento falso e associação criminosa armada. A sentença foi de 4 anos, 6 meses e 20 dias. Ele ainda foi acusado de estar envolvido na trama de confecção da carta falsa, que teria sido feita na tentativa de inocentar Flordelis, atrapalhando as investigações.
O então plano foi arquitetado com a participação do casal Andrea Santos Maia e Marcos Siqueira Costa, um ex-policial militar. Os dois foram condenados pelo crime. As investigações mostraram que a falsa mensagem dizia que Lucas teria revelado que Misael – outro filho de Flordelis – ofereceu um emprego e um carro a ele em troca de um “susto” em Anderson.
Conhecido como Misael, Wagner Andrade Pimenta afirmou diversas vezes, no depoimento realizado em 2021, que Flordelis foi a mandante do assassinato do pastor. Ele contou que foi manipulado pela mãe, tal como outros irmãos que são suspeitos de envolvimento no assassinato de Anderson.
O filho ainda revelou que, após a morte de Anderson, ele se encontrou com a ex-deputada e ela teria afirmado que “aqui não tem luto”, se referindo a uma possível tristeza diante da morte do marido.
Misael também disse que a mãe “escreveu num papel que jogou o celular de Anderson na ponte Rio-Niterói", porque "temia que a polícia tivesse colocado escuta na casa".
Para os investigadores, as provas mais contundentes da participação da ex-deputada na morte do pastor são as trocas de mensagens entre Flordelis e o filho André Luiz de Oliveira, via WhatsApp.
Nas conversas, fica evidente que existiu um plano para envenenar a vítima e matá-la. Em resposta aos pedidos da mãe para que ele auxiliasse no assassinato, André afirmou: "Mãe, eu tô com a senhora. Não dá pra eu fazer muita coisa, mas tô com a senhora".
A defesa de Flordelis vai contra essas mensagens. Há a alegação de que tais mensagens não foram escritas por elas, já que era normal o uso do telefone da pastora por várias pessoas dentro de casa. Depois que o advogado passou mal, André teve sua audiência adiada.
Ainda Estou Aqui: Conheça o livro que inspirou o filme de sucesso
5 membros da realeza britânica que não usaram o verdadeiro nome
O inusitado prato favorito do príncipe George, filho de William
Donald Trump: Quem são os filhos do novo presidente dos Estados Unidos?
De Clinton a Nixon: Relembre polêmicas de presidentes dos Estados Unidos
Senna: Compare o elenco da série com as pessoas reais