Raul Seixas marcou gerações como um maiores nomes do rock nacional
Wallacy Ferrari Publicado em 23/08/2022, às 19h35 - Atualizado às 19h36
Carinhosamente apelidado como 'Maluco Beleza' e precursor dos movimentos de "Sociedade Alternativa" no rock nacional, Raul Seixas marcou a história da música brasileira com grandes composições presentes até os dias atuais no imaginário popular brasileiro.
Contudo, teve sua gloriosa trajetória interrompida em agosto de 1989, aos 44 anos de idade, após sofrer um infarto. Mesmo com a partida precoce, o artista continua sendo venerado ao longo das décadas seguintes. Sabendo disso, o Aventuras na História separou alguns fatos marcantes sobre a trajetória de Seixas.
Se engana quem acredita que Rauzito usufruiu unicamente de influências regionais; o artista baiano já tinha hábito de ouvir as primeiras estrelas do rock n' roll internacional durante a década de 1950, como os ascendentes Little Richard e Elvis Presley, tendo acesso aos astros através de rádios de discos de vinil.
Tal relação de inspiração foi confirmada pelo próprio músico em depoimento descrito no livro 'O Baú do Raul Revirado', de Silvio Essinger, relatando a fase criativa: “Em 54/55, ninguém sabia o que era rock. Eu tocava e me atirava no chão imitando Little Richard”, esclareceu.
Ainda em ascensão, o músico chegou a sofrer com a censura imposta durante a ditadura militar no Brasil ao tentar lançar canções de protesto. Parte da resistência ao governo, chegou a ser capturado e torturado durante dias, fugindo aos Estados Unidos após a liberação e ficando anos exilado até seu retorno ao Brasil, em 1974.
Eu fui pego na pista do Aterro (no Rio de Janeiro) quando voltava de um show. O carro da DOPS barrou o meu táxi, atravessou o táxi e eu fiquei nu com uma carapuça preta na cabeça. Fui para um lugar, acho que foi Realengo, sinto que foi por ali”, afirmou Raul em entrevista à FM Record no ano de 1988.
Em 1982, Raul protagonizou uma situação bizarra; durante uma apresentação no município de Caieras, em São Paulo, um grupo de fãs desconfiou que não tratava-se do verdadeiro artista, visto que usava um gorro e chegou a esquecer o trecho de uma canção própria. Visto como um sósia, aguentou a fúria dos fãs, que chamaram a polícia.
Para o azar de Seixas, ele não estava portando nenhum documento que comprovasse sua identidade, sendo preso e espancado. Quando um representante do cantor apareceu na delegacia para confirmar os dados, a confusão foi desfeita, mas eternizou a passagem bizarra em uma reportagem do 'Jornal Hoje', da TV Globo.
Ao falecer, Seixas mobilizou centenas de fãs em sua cerimônia funerária, contando com a invasão de dezenas deles em uma tentativa bizarra de roubar o caixão onde o cadáver do artista repousava, conforme registrado pelo amigo e também cantor Marcelo Nova na biografia 'O Galope do Tempo', escrita por André Barciski.
“Eles queriam levar o corpo de Raul pra passear, pra fumar maconha, pra enfiar baseado na boca dele! (risos). Eles gritavam: ‘Raul não morreu! Ele está vivo! Vamos levar ele pra tomar uma!’", contou o vocalista da banda Camisa de Venus.
Sua trajetória meteórica na música é lembrada até os dias atuais. No entanto, se tivesse seguido outro ramo para viver, qual se daria melhor? De acordo com o próprio cantor, seu sonho, além da música, era de ser escritor.
Gladiador 2: Joaquin Phoenix aparece no novo filme?
Ainda Estou Aqui: O detalhe que passa despercebido no pôster do filme
Ainda Estou Aqui: Conheça o livro que inspirou o filme de sucesso
5 membros da realeza britânica que não usaram o verdadeiro nome
O inusitado prato favorito do príncipe George, filho de William
Donald Trump: Quem são os filhos do novo presidente dos Estados Unidos?