Representação de Aníbal Barca em seu elefante - © José Luiz Bernardes Ribeiro / CC BY-SA 4.0
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Roma em apuros: O mistério do caminho de Aníbal

Montado em elefantes africanos, o general teria travessado os Alpes para, então, conquistar a Itália. Mas como ele fez isso?

Redação Publicado em 12/12/2021, às 10h00

Em 218 a.C., o general cartaginense Aníbal Barca levou a cabo uma das mais espetaculares façanhas militares de todos os tempos: cruzou os Alpes para invadir a Itália com elefantes africanos. A invasão falharia em conquistar seu alvo, Roma, mas causaria terror a toda a Itália, pondo de joelhos o nascente Império Romano.

Desde então, historiadores e arqueólogos vêm discutindo que caminho tornaria possível essa empreitada. Foi então que, finalmente, um grupo de cientistas da Universidade de Belfast, Irlanda, acreditou ter achado a resposta.

Uma análise do solo na região dos Alpes mostrou uma área que ainda hoje revela o movimento dos 30 mil soldados, 15 mil cavalos e 37 elefantes levados por Aníbal. Mais interessante, uma das evidências que apontam para isso são as bactérias no chão, típicas de esterco de cavalo, que ainda continuam a se reproduzir após mais de dois milênios.

E também ovos de tênia de cavalo. “Existe até mesmo a possibilidade de encontrar tênia de elefante ali”, afirma o biólogo Chris Allen, da equipe de especialistas, em entrevista ao jornal The Guardian. “Esse seria o pote de ouro no fim do arco-íris. É uma pena que o pote de ouro seja uma pilha de esterco de cavalo”, brinca.

O caminho foi achado com base em um palpite: na área havia um riacho, que poderia ter sido usado por Aníbal para matar a sede de soldados e animais. Animais defecam após beber água: daí os cientistas acharam que esse seria o local ideal para cavar. Estavam certos. A descoberta responde a uma dúvida de milênios.

Desde a viagem de Aníbal, historiadores vinham tentando descobrir por onde exatamente ele entrara na Itália. O lugar é uma passagem chamada Col de la Traversette, perto de Turim, da qual muitos chegaram a suspeitar, sem jamais terem achado provas.

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