Imagem meramente ilustrativa e Ringo Starr - Pixabay e Getty Images
Beatles

Ringo Starr já recusou o perdão da Igreja Católica aos Beatles

Em 2010, o Vaticado perdoou algumas ações dos Beatles e até mesmo os elogiou — mas o baterista Ringo Starr recusou o pedido de desculpas

Éric Moreira Publicado em 23/03/2024, às 10h00 - Atualizado em 25/03/2024, às 17h59

Na década de 1960, não só o mundo da música como o mundo todo, de maneira geral, presenciou o surgimento do grupo britânico que mudaria para sempre a música pop: os Beatles.

Originado na cidade de Liverpool, na Inglaterra, o quarteto Paul, John, George e Ringo entraria para os livros de história da música. Com o crescimento da popularidade dos, claro que além de fãs, eles também atraíram muitos haters.

Algumas de suas afirmações polêmicas — como quando afirmaram ser maiores que Jesus Cristo —, além do uso de drogas assumido, atraíram repúdio bastante específico de pessoas mais conservadoras e da Igreja Católica.

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Os Beatles / Getty Images

 

Perdão

Porém, em 2010, em lembrança aos 40 anos do fim da banda, o jornal L’Osservatore Romano, do Vaticano, prestou um tributo ao quarteto, publicando dois artigos e um cartum, além de anunciarem, após décadas, terem perdoado os Beatles.

"É verdade, eles usaram drogas; levados pelo sucesso, tiveram vidas dissolutas", afirmava o artigo, conforme repercutido pelo g1 na época. "Até mesmo chegaram a dizer que eram maiores que Jesus. Mas, ao ouvir as suas músicas, tudo isso parece distante e sem sentido. Suas belas melodias, que mudaram a música pop para sempre e seguem nos despertando diferentes emoções, seguem intactas, como pequenas pedras preciosas."

George Harrison, Paul McCartney e John Lennon, respectivamente, com Ringo Starr ao fundo / Crédito: Getty Images

 

Vale mencionar que, em outras ocasiões, alguns comentaristas afirmavam que os Beatles disseminava, secretamente em algumas de suas músicas, mensagens consideradas "satânicas". Isso também foi lembrado pelo jornal, e incluso no perdão.

Resposta

Embora o Vaticano tenha perdoado, e até mesmo elogiado, os Beatles, um dos membros disse, na época, que não devia nada à Igreja Católica, e não aceitou bem o perdão: Ringo Starr, o baterista.

Em 1980, John Lennon — vocalista e também guitarrista da banda, que a princípio era o líder do quarteto — foi assassinado em frente ao prédio que morava, em Nova York. Já o guitarrista principal, George Harrison, morreu em 2001 após sofrer com o câncer de pulmão. Portanto, quem estava vivo na época do perdão do Vaticano, e segue até hoje, é Paul McCartney, e o próprio Ringo Starr.

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Durante entrevista à CNN em 2010, para promover seu disco 'Y Not' — o 15º de sua carreira solo —, Ringo Starr comentou sobre o perdão: "O Vaticano não disse que nós éramos satânicos ou possivelmente satânico – e ainda assim nos perdoou? Eu acho que o Vaticano tem mais a dizer sobre que os Beatles", disse.

Paul McCartney e Ringo Starr em 2014 / Crédito: Getty Images

 

Vale mencionar também que, nesta época, a Igreja Católica era alvo de polêmicas em meio a uma série de denúncias de abuso infantil por membros do clérigo, e o papa Bento XVI ainda era extremamente criticado. Talvez, o ex-beatle não visse a instituição como digna de "perdoar" a banda.

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