Com mais de 4,7 mil anos de existência, a construção foi criada por motivos políticos
Wallacy Ferrari, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 16/07/2021, às 07h00
O Egito é conhecido por algumas referências internacionais, como as esfinges e civilizações antigas notáveis. Porém, o maior marco estrutural destes símbolos culturais são as pirâmides; edificadas como símbolos de poder e construídas com mão de obra escrava por décadas, elas abrigaram túmulos de importantes reis do país.
A estimativa de pirâmides conhecidas no Egito é de 138 estruturas, como registrou o jornal norte-americano The New York Times em 2008, onde parte delas estimula o turismo internacional e possibilita a examinação de arqueólogos e paleontólogos do mundo inteiro. Porém, engana-se quem acredita que as Pirâmides de Gizé, mais famosas do país africano, foram as primeiras.
A origem das pirâmides mais antigas conhecidas passou a ser amplamente investigadas após o surgimento de ferramentas tecnológicas para datação e escaneamentos durante o século 20, jogando luz nas pesquisas e concluindo que a pirâmide de Djoser é a mais antiga conhecida, como informa a revista Super Interessante.
Localizada na região de Sacará, a construção pioneira foi edificada exclusivamente para o sepultamento do Faraó Djoser, que reinou durante a Terceira Dinastia do Império Antigo por um período de quase uma década.
Buscando uma homenagem mais chamativa, seu amigo pessoal e arquiteto real Imhotep decidiu inovar na construção do túmulo, deixando de lado as mastabas, que abrigava os corpos em construções retangulares. Estima-se que a construção ocorreu entre 2667 a.C. e 2648 a.C.
O motivo da edificação piramidal possui um significado político; os degraus representam a importância e progresso no desenvolvimento social obtido durante seu reinado, sugerindo que havia linearidade política e uma boa economia. O tamanho original também chamava atenção, atingindo 62 metros de altura.
Além da altura, a parte interna se aproveita de 28 metros de profundidade e mais sete de largura através de seis camadas externas escalonadas, formando os degraus da pirâmide, cada um com aproximadamente 10 metros de altura.
Apesar do pioneirismo e originalmente vista com esmero pela comunidade egípcia por tamanha inovação, ela não obteve exatidão nas medidas para formar uma pirâmide perfeita; a base dela era de 109 m por 125 m, que configurava a área como um retângulo. Além disso, era revestida por pedra calcária branca polida, que se deteriorou durante o tempo.
Por isso, precisou ser restaurada a partir de 2006, quando autoridades de arqueologia egípcia notaram o risco de desabamento da estrutura. A restauração foi suspensa durante os episódios da Primavera Árabe em 2011, sendo retomadas em 2013, reconstruindo também os corredores internos e o sarcófago do faraó, tendo um custo total de US$ 6,6 milhões.
A visitação foi reaberta em 2020, quando a obra já tinha 4,7 mil anos de idade. Ao lado, ainda teve um estacionamento construído e estimou o comprimento das passagens internas em mais de 5 quilômetros.
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