Durante seus quase 70 anos de reinado, a monarca recebeu diversas alcunhas curiosas e, agora, uma delas pode cair em desuso
Pamela Malva Publicado em 20/04/2021, às 18h00
No dia 2 de junho de 1953, o Reino Unido coroou sua mais nova monarca, a Rainha Elizabeth II. Aos 25 anos, a herdeira do Rei George VI assumiu o trono que estava em sua família há centenas de anos, dando continuidade à sua longa linhagem.
Já casada com o Príncipe Philip desde 1947, a jovem teve de moldar seu comportamento de acordo com o novo cargo. Isso porque, após a cerimônia de coroação, que foi amplamente televisionada, Elizabeth II deixou de ser uma mulher comum.
Para muitos, então, ela passou a representar não apenas a Família Real, como toda uma nação. Só que, no Palácio de Buckingham, Elizabeth II ainda era conhecida como Lilibet, seu apelido de infância, por alguns parentes, como sua mãe e seu marido.
O carinhoso nome, no entanto, corre o risco de ser esquecido, já que o Príncipe Philip, a última pessoa que ainda chamava a Rainha dessa forma, morreu no dia 9 abril de 2021. Sem o marido, ou seus amados pais, a monarca pode perder a curiosa alcunha.
Durante sua infância, Elizabeth II era uma garotinha doce, dona de volumosos cabelos dourados. Seu nome, que carregava grande prestígio, lhe foi dado em homenagem à sua mãe, Elizabeth Bowes-Lyon, e sua ancestral, a imponente Rainha Elizabeth I.
Quando pequena, no entanto, além de provavelmente não compreender o peso que seu nome tinha, Elizabeth II não sabia pronunciá-lo. Aos pais e familiares, ela dizia que se chamava Lilibet, título que, com o tempo, tornou-se um apelido.
Além de seus pais, os avós da então princesa da Inglaterra também a chamavam dessa forma. Certa vez, o próprio Rei George IV, pai de Elizabeth II, escreveu em uma carta que "Lilibet é meu orgulho. Margaret [sua segunda filha] é minha alegria".
O apelido ficou tão famoso nos corredores dos palácios da Família Real que a própria Elizabeth II começou a assinar como Lilibet em algumas cartas. Quando quis agradecer sua avó por um novo brinquedo, por exemplo, ela terminou o texto com a abreviação.
Quando casou-se com a monarca, inclusive, o Príncipe Philip também passou a usar o carinhoso apelido para falar com a esposa. Em documentos oficiais, contudo, a rainha continua assinando como Elizabeth R — sendo que o R faz referência à palavra “regina”, que significa "rainha" em latim.
O problema é que, no posto de soberana que a monarca detém, poucas pessoas realmente a chamam de qualquer outra alcunha que não a oficial. E, com a morte do Príncipe Philip, o apelido Lilibet pode se tornar uma mera lembrança.
Isso porque, segundo o site Hello Magazine, mais nenhum membro da Família Real Britânica chama a Rainha Elizabeth II dessa forma. Por mais que outros nobres tenham criado nomes para a monarca, nenhum faz a mesma referência ao passado da monarca.
Por outro lado, Elizabeth II tem ganhado mais apelidos a cada nova geração que chega em sua família. Ainda que a memória de Lilibet possa ser deixada para trás, outros tratamentos bastante carinhosos surgiram na vida da monarca.
No aniversário de 92 anos de Elizabeth II, por exemplo, o Príncipe Charles, seu primogênito, fez questão de chamar a monarca de “mamãe” — apelido que ele supostamente usaria apenas em particular, e não para todo o mundo ouvir.
Os príncipes Harry e William, por sua vez, chamam a avó de “Granny”, um apelido carinhoso para “avó” em inglês. Ao mesmo tempo, como revelou Kate Middleton em 2012, seus filhos mais velhos, Príncipe George e Princesa Charlotte, se referem à bisavó com a delicada abreviação "Gan-Gan", também derivada de “avó”.
Dessa forma, por mais que o antigo apelido de Elizabeth II possa desaparecer, ela com certeza tem outras alcunhas tão carinhosas quanto, ainda mais considerando que sua família não para de crescer. Nenhum, todavia, poderá substituir a afetividade de 'Lilibet'.
+Saiba mais sobre a família real britânica por meio de obras disponíveis na Amazon:
Diana. O Último Amor de Uma Princesa, de Kate Snell (2013) - https://amzn.to/2TgHgPO
The Queen: The Life and Times of Elizabeth II (Edição Inglês), de Catherine Ryan (2018) - https://amzn.to/2RhgNA7
God save the queen - O imaginário da realeza britânica na mídia, de Renato de Almeida Vieira e Silva (2015) - https://amzn.to/3qWCnIZ
O Amor Da Princesa Diana, de Anna Pasternack (2018) - https://amzn.to/2xOZ8c9
A história do século XX, de Martin Gilbert (2017) - https://amzn.to/2yFZMcv
Vale lembrar que os preços e a quantidade disponível dos produtos condizem com os da data da publicação deste post. Além disso, a Aventuras na História pode ganhar uma parcela das vendas ou outro tipo de compensação pelos links nesta página.
Aproveite Frete GRÁTIS, rápido e ilimitado com Amazon Prime: https://amzn.to/2w5nJJp
Amazon Music Unlimited – Experimente 30 dias grátis: https://amzn.to/2yiDA7
Ainda Estou Aqui: Conheça o livro que inspirou o filme de sucesso
5 membros da realeza britânica que não usaram o verdadeiro nome
O inusitado prato favorito do príncipe George, filho de William
Donald Trump: Quem são os filhos do novo presidente dos Estados Unidos?
De Clinton a Nixon: Relembre polêmicas de presidentes dos Estados Unidos
Senna: Compare o elenco da série com as pessoas reais