Localizada à base do Monte Fuji, o lugar só perde para a Golden Gate como local no qual as pessoas mais se matam
Fabio Previdelli Publicado em 19/03/2020, às 12h00
O Monte Fuji é um dos pontos mais conhecidos no Japão. Uma interpretação popular diz que o nome Fuji vem da junção de dois símbolos (não e dois), o que significaria que o lugar é único, sem igual. De fato, ele é magistral e uma das maiores belezas naturais do mundo. Mas um bosque, localizado na base noroeste do monte, apresenta uma história trágica e que não condiz com o cartão postal asiático.
A floresta de Oakigahara é conhecida como local no qual ocorrem dezenas de suicídios todos os anos. Apesar das autoridades locais não divulgarem o número oficiais – para não estimularem mais pessoas à prática – estima-se que todos os meses, cerca de 10 pessoas colocam um ponto final em suas vidas.
O Japão é conhecido por ter uma das maiores taxas de autoextermínio do mundo. Segundo dados de 2015 da Organização Mundial da Saúde, a cada 100 mil habitantes, 19.7 cometem o ato na terra do sol nascente.
A morte parece fazer parte de Oakigahara. A região é constantemente relacionada ao local onde no passado se praticava o ubasute – em que idosos eram abandonados para morrer devido a escassez de comida e a seca prolongada. Alguns moradores falam que os fantasmas dos idosos permanecem vagando na mata.
Parte das autoridades locais condena o livro Kuroi Jukai (1960) pelo crescimento do número de vítimas. No romance, um casal de amantes se suicida na floresta. Outra obra intitulada O Manual Completo do Suicídio (1993), classifica Oakigahara como lugar ideal para se matar – talvez pelo clima da região ou pelo silêncio do local, que quase não abriga vida selvagem. Os mais de 30 quilômetros quadrados do lugar têm um solo que é composto por uma espécie de lava escura enrijecida, causado pela última erupção do vulcão em 864.
Entretanto, muitos se enganam ao pensar que as pessoas se matam no local para não serem encontradas. Algumas fazem trilhas amarrando cordões de nylon em uma árvore na entrada da floresta e demarcam caminho até o local que escolheram para perecer.
O governo local tem tentado diminuir o número de incidentes no local – que só perde para a Golden Gate nos Estados Unidos como lugar no qual as pessoas mais se matam. Placas de valorização da vida são espalhadas e uma equipe faz patrulhas constantes na região.
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