Diagnóstico se tornou públicosomente em 24 de novembro de 1991, um dia antes da morte do vocalista
Alana Sousa / Atualizado por Fabio Previdelli Publicado em 12/05/2021, às 15h30 - Atualizado em 08/10/2021, às 11h00
Um dos maiores artistas de todos os tempos era discreto fora dos palcos, apesar de em cima deles parecer totalmente confortável. Freddie Mercury não gostava dos holofotes e mantinha sua vida íntima guardada a sete chaves.
Foi assim também em sua morte, que completará 30 anos em novembro. O vocalista do Queen marcou a história por sua originalidade, talento e músicas memoráveis. Durante as passagens pelo Brasil, levava os fãs à loucura — colecionando seguidores fiéis em todas as partes do mundo.
Então, ao falecer, o luto foi sentido profundamente. Aos poucos, Mercury havia deixado a vida pública para trás, dando espaço apenas para seus amigos próximos e familiares. A luta contra o HIV foi travada em segredo até praticamente seu último dia.
Apenas um dia antes de sua morte, em 24 de novembro de 1991, foi revelado que Freddie estava infectado pelo vírus da AIDS, doença que matou quase 50 milhões de pessoas desde a década de 1980, de acordo com informações do jornal O Globo.
Assim, todo o estigma e incompreensão em torno do HIV foi perpetuado na figura de Mercury, que hoje se tornou um símbolo de luta contra o preconceito e desinformação contra a AIDS. No entanto, por que o músico demorou para revelar seu diagnóstico? o que o impedia de falar publicamente sobre sua condição?
O recente documentário da BBC, intitulado ‘Freddie Mercury: A Life in Ten Pictures’ trouxe à tona novos depoimentos que revelam a intimidade do cantor em seus últimos anos. O principal motivo que levou o compositor a esconder a doença foi o desespero para que a cura fosse encontrada rapidamente, revela uma fonte próxima.
“Freddie se portava o tempo todo com grande dignidade e o humor nunca desapareceu. O humor estava lá o tempo todo. Ele não queria sentir por um segundo que fazia parte de uma situação triste”, confessou Richard Young, amigo íntimo e fotógrafo em fala repercutida pelo site Rolling Stone Brasil.
Sabe-se que Mercury lutou durante 4 anos contra o HIV, sendo diagnosticado em 1987, conforme revelou seu parceiro Jim Hutton, que dividiu os momentos finais com Freddie. Embora soubesse da condição do amado, apoiou a decisão de manter o segredo e sempre negou os rumores da imprensa.
Enquanto permanecia grande parte do tempo em sua casa, Freddie recebia amigos e não escondia das pessoas que lhe eram importantes que tinha AIDS. O ex-editor do Daily Express, David Wigg, falou no documentário sobre os temas que conversava com o astro longe das câmeras: “Em uma de nossas conversas, Freddie admitiu oficialmente estar com AIDS e que a doença mudou sua abordagem de vida”.
“É perfeitamente compreensível que uma pessoa, seja famosa ou não, não queira que um diagnóstico de HIV seja tornado público naquela época. O estigma social transformava qualquer pessoa com teste positivo em párias”, enfatizou Wigg.
David foi certeiro em sua opinião, na época, muitos não entendiam sobre a AIDS, ou mesmo como poderiam se infectar. Um exemplo claro disso foi quando a princesa Diana, amiga íntima de Mercury, apertou a mão de um paciente soropositivo, em abril de 1987. Instantaneamente o episódio ganhou as manchetes mundiais, com teorias de que Lady Di não poderia encostar naqueles que passavam pela mesma batalha de Freddie.
Apenas quando não havia mais como reverter seu quadro, o cantor anunciou a infecção pelo HIV. Até dias atrás havia esperança, assim como mostrou a produção emocionante: “Freddie estava desesperado para que os cientistas encontrassem a cura”.
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