Retrato de Michelangelo - Getty Images
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Michelangelo: 10 fatos peculiares sobre um dos maiores artistas da História

De detalhes sobre suas icônicas obras até sua sexualidade: A vida do pintor, nascido em 1475, é recheada de polêmicas e curiosidades bizarras

Alana Sousa e Fabio Previdelli Publicado em 06/03/2020, às 07h00

Michelangelo di Lodovico Buonarroti Simoni, mais conhecido pelo seu primeiro nome, foi um dos maiores artistas que já existiram, com obras marcantes nas áreas da escultura, pintura, arquitetura, filosofia e engenharia.

Entre seus trabalhos mais notórios estão: a Pietà do Vaticano (1499); a famosa estátua de Davi (1501); a escultura Moisés (1515); além de seu trabalho mais notório, os afrescos da Capela Sistina, que ficou pronta após quatro anos, em 1512.

Michelangelo nasceu em 6 de março de 1475, há exatos 545 anos, na Itália. Considerado por muitos como o mestre dos mestres, o artista está eternizado em suas obras até o dia de hoje.

Conheça 10 curiosidades sobre a vida de um dos maiores pintores da História

1. David

 Uma de suas esculturas mais famosas, David foi construído a partir de um pedaço de mármore descartado. Revelada ao público em 1504, a obra é uma das mais importantes do Renascimento. O material na qual foi esculpida havia sido descartado pela Catedral de Florença, e diversos artistas tinham se recusado a utilizar a laje como base para seus trabalhos. Análises posteriores apontaram que a causa da deterioração se dava pela baixa qualidade da pedra.


2. Favorito dos papas

Ao todo, o mestre dos mestres, realizou trabalho para nove papas diferentes. De Júlio II a Pio IV. Entre fachadas, pinturas singulares, esculturas exclusivas, Michelangelo manteve por hora algumas relações amigáveis — e outras nem tanto — com os líderes da Igreja Católica. De todos, a amizade mais forte, foi com Paulo III, que elogiou e defendeu sua obra O Juízo Final, no teto da Capela Sistina.


3. Capela Sistina: O Juízo Final

Primeiramente, Michelangelo teria  negado o trabalho, por se considerar mais um escultor do que um pintor. Mal sabia ele, que a obra viria a ser uma de suas marcas, e admirada pelo mundo até hoje, mais de 500 anos depois. De alta complexidade e perfeição impressionante, o artista pintou o salão sagrado sem ajuda de ninguém — provando mais uma vez o seu enorme talento.


4. Fortuna

Diferente de outros artistas que seguiram a profissão de pintor ou escultor e morreram na miséria, como Aleijadinho, Van Gogh e Rembrandt. Michelangelo morreu com uma grande fortuna, podendo ser considerado rico. Seus bens chegavam a o que seria hoje o equivalente a 35 milhões de dólares (cerca de 161 milhões de reais).


5. Autobiografias

Michelangelo era tão adorado pelos italianos, que era chamado de O Divino. Ainda em vida, publicou duas autobiografias, e mantinha cartas e diários guardados. Por isso sabe-se mais sobre sua trajetória do que outros pintores de sua época. O artista se tornou a primeira pessoa a ter uma autobiografia publicada antes de morrer.


6. Ele tinha um nariz quebrado

Escultura de seu rosto, por Daniele da Volterra / Crédito: Wikimedia Commons

 

Quando jovem Michelangelo estudou na escola de Lorenzo de Médici. Em uma oportunidade, o famoso artista teria ridicularizado o trabalho de um colega, que enfurecido lhe respondeu com uma forte bofetada no nariz. O golpe teria quebrado o nariz do pintor, que ficou para sempre com um nariz “achatado”. Para alguém que buscava sempre a perfeição em suas obras, a mudança de sua aparência deve ter sido algo muito desagradável.


7. Ele trabalhou sob condições insalubres

A Capela Sistina é uma das obras mais conhecidas do mundo e também foi o trabalho mais grandioso da carreira de Michelangelo. Entretanto, para a produção da clássica pintura, ele passou por poucas e boas. Isso porque, o papa Júlio II o agredia com golpes de bengala por achar que o pintor demorava demais para fazer sua arte. Os afrescos demoraram quatro anos para ficarem prontos e desde então recebem inúmeros visitantes que até hoje se deslumbram com o talento do artista.


8. Rivalidade com grandes nomes

Apesar de genial, Michelangelo também era genioso e se desentendia facilmente com muitas pessoas. A mais famosa, entre elas, foi Leonardo Da Vinci. Contemporâneos, se conheceram em Roma, local onde Michelangelo já tinha sua fama estabelecida.

Leonardo da Vinci / Crédito: Getty Images

 

Em 1503, ocorreu o que ficou conhecido como a “Batalha das Batalhas”. Os dois artistas foram convidados para pintarem afrescos que representariam uma cena de guerra em paredes do Palazzo della Signoria, a então sede do governo florentino.

Michelangelo decidiu retratar a “Batalha de Cascina", já Da Vinci optou pela a "Batalha de Anghiari". Porém, o desafio jamais foi concluído, já que ambos acabaram desistindo do projeto. O que restou foi apenas esboços dos dois trabalhos.


9. Trabalho megalomaníaco

Apesar das confusões com o papa Júlio II, Michelangelo recebeu do pontífice a encomenda de um grandioso túmulo que, inicialmente, consistiria na produção de 40 estátuas de mármore em tamanho real.

Porém, o projeto nunca foi concluído, acabando com apenas seis estátuas — sendo apenas três delas do artista. Entretanto, uma delas, a que representava Moisés, foi considerada a mais perfeita escultura realizada por ele. Atônito com o resultado de seu esforço, Michelangelo teria batido com um cinzel nos joelhos da estátua e gritado: “Parla, Parla” (Fale, Fale).


10. Relacionamento homoafetivo

Michelangelo nunca se casou e pouco se sabe sobre sua vida amorosa, mas muito acreditam que ele era homossexual. O que leva a crer nisso foi que em 1530 ele teria se apaixonado por Tommaso Cavalieri, a qual dedicou cartas com um tom homoerótico bastante forte.  

Cavalieri, inclusive, teria estado presente na hora em que o artista morreu — mais de três décadas após eles terem se conhecido. Há também registros de trocas de poemas entre o pintor e Vittoria Colonna, uma viúva poetisa que teria se tornado um amor platônico de Michelangelo.


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