Nessa fase, povos antigos inventaram nosso estilo de vida e criaram a medicina, a democracia e os exércitos
Álvaro Oppermann Publicado em 17/06/2009, às 07h12 - Atualizado em 13/06/2021, às 11h00
No ano de 476 d.C., a era que conhecemos como Antiguidade chega ao colapso. Roma sofre com as invasões bárbaras. Em 410, o visigodo Alarico saqueia a cidade e encontra pouca resistência. É o começo do fim. Em 476, essa era acaba quando o germânico Odoacro depõe o último imperador romano, Rômulo Augusto.
Antes do caos, percebemos que um bocado de coisas do nosso cotidiano teve origem naquela rica Antiguidade. Em primeiro lugar, pense na democracia, que nasceu na Grécia. Ou no Direito, desenvolvido ao longo da história do Império Romano. Até mesmo a escravidão, que foi uma herança dos babilônicos.
Para o bem ou para o mal, a civilização contemporânea, a que conhecemos, é filhote do mundo antigo. Diversos hábitos atuais vê de lá, de ir ao médico a usar calculadora. Até mesmo o pão é dessa época — ele surgiu no Egito, em cerca de 3500 a.C.
O comércio internacional entrou no mapa graças aos gregos, importantes exportadores de vinho e óleo de oliva. E os concursos públicos já existiam em Atenas, mas eram diferentes do que conhecemos hoje, sendo realizados para cargos no Fisco.
Muito antes de Wall Street, os romanos negociavam títulos e ações. Eles tinham até mesmo ponto de encontro, um precursor do moderno pregão das bolsas de valores. No século 3, Roma teve seu momento de pânico financeiro, marcado por uma grave recessão. Alguma dúvida de que a história da Antiguidade é muito parecida com a nossa?
Confira 10 invenções da Antiguidade que são usadas até os tempos modernos:
Mais ou menos enquanto inventávamos a escrita e a roda, também criamos uma instituição que atravessou os séculos: a escravidão. Datado da Babilônia, o Código de Hamurábi é o primeiro documento humano a estabelecer diferenças no tratamento entre as pessoas livres e as escravizadas.
Grandes construções são uma marca registrada da Antiguidade. E nisso ninguém supera os egípcios. Com 146 metros de altura, a Grande Pirâmide de Gizé foi a obra mais alta do mundo por mais de 4 mil anos, até a inauguração da Torre Eiffel, em Paris, em 1889.
Os registros mais antigos da medicina vêm do vale do Indo, na Índia, em 3300 a.C. Depois surgem os chineses. Mas os egípcios levam a prática a novos níveis. A primeira cirurgia é realizada em 2750 a.C. Também é do Egito o primeiro médico conhecido. Chama-se Imhotep e vive em 2500 a.C.
Também são os egípcios que revolucionam a leitura. É com eles que as tábuas da Pré-História ganham um upgrade com a invenção do papiro, feito de tiras das folhas de uma erva do Nilo. Unidos, grandes feixes desse material dão origem aos livros.
Os gregos antigos são gênios da matemática, mas não só eles. Os pais da matéria são os sumérios. Nessa época, eles desenvolvem o ábaco para orçar a construção de canais nos rios Tigres e Eufrates. Ou seja: com essa calculadora, nascem também os contadores.
Quando o assunto é navegação, até o ano 1000 a.C., ninguém supera os fenícios. Eles são exímios armadores, até por necessidade. Como lidam com especiarias finas (e caras), precisam dominar as rotas marítimas mais seguras.
A guerra era um negócio tosco, no corpo-a-corpo. Até que os gregos revolucionam a formação dos exércitos com a criação da falange, o grupo de infantaria sincronizado em bloco. O soldado, chamado de hoplita, porta escudo, capacete, espada e lança. O método privilegia o ataque rápido e frontal.
O legislador Clístenes faz uma reforma política em Atenas. Ele divide a cidade em distritos, ou "demos", nos quais a população vota em seus representantes. É o começo da democracia, que seria desenvolvida por Péricles. O detalhe é que, mesmo naquela época, no começo de tudo, apenas homens adultos participavam da votação.
O desenvolvimento artístico dos gregos impressiona o mundo. Em suas mãos, as esculturas, inspiradas na mitologia, ganham refinamento e naturalismo tão grandes que, 2 mil anos depois, ainda influenciariam os maiores mestres da Renascença.
Os romanos são grandes engenheiros. Depois de criar o primeiro sistema de esgoto da História, desenvolvem um sistema de abastecimento de água à base de aquedutos. Roma é servida por 11 deles, o maior com 90 quilômetros de extensão.
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