O elevador já existia na Antiguidade. Mas foi preciso torná-lo menos assustador para colar
Cynthia de Miranda Publicado em 28/01/2019, às 12h00
A resposta parece óbvia: íamos pela escada. Nada óbvio, porém, é saber que os elevadores e as escadas vivem juntos por mais de 2 mil anos. Sucedendo vários métodos mais simples (algo como uma mera cesta puxada por um cabo para uma torre), eles começaram a ser usados massivamente ainda em Roma.
Essa foi uma tecnologia que não se perdeu. Durante a Idade Média, elevadores de polias foram usados para levar pedras na construção das muralhas em volta das cidades – os chamados burgos. No fim do período, as casas deram lugar a prédios de até sete andares. “Era preciso aproveitar melhor os espaços das cidades”, diz Lélio Reiner, professor de arquitetura da Faculdade Belas Artes de São Paulo. Mesmo assim, elevador continuou sendo privilégio de frangos e garrafas de vinho até mesmo nos grandes castelos.
Elevador de gente mesmo só surgiu com a Revolução Industrial. Eram movidos a vapor. Elisha Graves Otis – cuja empresa sobrevive até hoje – criou em 1852 o primeiro elevador civil moderno. “Nova York e Chicago começaram a construir os primeiros arranha-céus nessa época”, diz Lélio. Para subir até o oitavo andar, a geringonça movida a vapor levava mais de dois minutos.
Imagine que hoje há equipamentos que percorrem 100 andares em um minuto. Em 1880, Werner von Siemens constrói o primeiro elevador elétrico. No Brasil, essa maravilha do sedentarismo apareceu em 1906: foi instalada no Palácio das Laranjeiras, prédio oficial do governo do Rio de Janeiro.
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