A derrota definitiva dos nazistas em Stalingrado decidiu o destino da Segunda Guerra na Europa e enterrou as pretensões imperiais de Hitler
Redação Publicado em 02/02/2020, às 08h00
Canhões, fuzis e metralhadoras: eram coisas que pouco se ouvia naquele verão europeu de 1941. O exército alemão já subjugara boa parte do Velho Continente, e os países que ainda se mantinham livres do escudo nazista, embora inquietos diante da ameaça constante da Wehrmacht, não mostravam muita disposição para organizar uma ofensiva imediata.
Do outro lado do front, Adolf Hitler alimentava sua fome de guerra com ataques maciços, como os bombardeios de maio a Londres, mas também se resguardava para pôr em prática o antigo sonho de expandir as fronteiras do Reich para o Leste.
Na linha de fogo, estava a vastidão da União Soviética, onde Josef Stalin repousava soberano em cima do pacto de não-agressão firmado com os nazistas em 1939, usado pelo Führer com astúcia para fazer suas investidas no front ocidental.
Enquanto o acordo com os soviéticos garantia a paz na fronteira oriental da Alemanha, Hitler aproveitou para expandir seus domínios do outro lado do continente. Polônia e Tchecoslováquia foram os primeiros a cair.
Depois, vieram Dinamarca e Noruega. E, na sequência, Holanda, Bélgica e Luxemburgo foram conquistados facilmente com os ataques relâmpagos da Blitzkrieg, abrindo caminho para a tomada da França.
A adesão oportunista da Itália ao Reich ajudou o líder nazista a pintar mais um país no mapa, e a criação de uma rede de estados-satélites na Europa Central – Hungria, Romênia, Eslováquia e Bulgária – consolidou o domínio alemão no continente. Hitler via a bandeira do Reich por todos os lados. Ou melhor, quase todos. Ainda faltava a União Soviética. Mas o ímpeto nazista já estava cuidando disso.
Hitler x Stalin: o avanço alemão e a reação soviética
No dia 22 de junho do ano de 1941, quatro anos para o fim da Segunda Guerra Mundial, mais de 3 milhões de soldados alemães concentraram-se na fronteira com a URSS. Hitler rompeu o pacto de não-agressão com Stalin e invadiu o país. E em apenas três semanas, no dia 15 de julho do mesmo ano, os alemães destruiram mais de 6 mil aviões e 3500 tanques do Exército Vermelho.
Dois meses depois, em 21 de setembro, os alemães completaram o cerco a Kiev, na Ucrânia. Mais de 665 mil pessoas foram feitas prisioneiras. Um mês depois, no dia 17, quando as tropas da Wehrmacht estavam a pouco mais de 100 km de Moscou.
Em pânico, o Alto Comando soviético cogita explodir o metrô da capital. O inverno chegou com força à URSS e castigou os alemães no dia 7 de dezembro. A resistência dos soviéticos também surpreendeu os invasores. Naquele momento, Moscou estava salva.
Um ano depois, no dia 5 de janeiro de 1942, empolgado com a vitória nos arredores da capital, Stalin ordenou um contra-ataque, que não teve sucesso. Só sete meses depois os alemães chegaram a Stalingrado. Bombardeiros começaram a destruir a cidade. Mais de 40 mil pessoas foram mortas na primeira semana desse conflito.
Mesmo com a captura de boa parte da cidade pelos alemães, os soviéticos continuaram resistindo. E lá para os fins de setembro os escombros favoreceram a luta corpo a corpo e os soviéticos começaram a sobressair com táticas que remontavam à Primeira Guerra Mundial. Assim, os alemães começaram a perder sua força, e o inverno de novembro voltou a castiga-los.
No início de 1943, a URSS tentam a fazer com que o exército alemão se rendesse. Mas sob as ordens de Hitler, eles continuam resistindo também. Mas no dia 2 de fevereiro, os russos retomaram o centro de Stalingrado. O comandante alemão Paulus se entregou e o Reich conheceu sua primeira derrota na Segunda Guerra.
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