As mulheres têm lutado em batalhas desde a Antiguidade. Confira essas personalidades que se tornaram símbolos da força feminina
Redação Publicado em 08/11/2019, às 08h00
Embora muito se fale sobre guerreiros e heróis de guerras mundiais, nesta lista iremos relembrar mulheres que conseguiram seu espaço na história pela coragem. Não apenas por enfrentar os riscos de uma luta, que já são muitos, mas também por encarar o conservadorismo de suas épocas.
Há séculos mulheres vêm lutando em batalhas, seja disfarçadas de homens ou enfrentando os riscos de mostrarem quem são. Confira abaixo dez guerreiras históricas:
10. Lydia Litvyak, Rússia, 1921-1943
Tirando do ar 12 aviões alemães, a piloto soviética foi a primeira mulher a ganhar o título de Ás, e continua ainda hoje campeã em número de vitórias. Teriam sido ainda mais, caso sua carreira não tivesse acabado em menos de um ano, por ter sido atingida por um caça enquanto atacava um bombardeiro.
9. Ching Shih, China, 1775-1844
Prostituta capturada por piratas em 1801, casou-se com o capitão do navio e tomou seu lugar após sua morte em combate, seis anos depois. A maior capitã bucaneira da história era famosa pela férrea disciplina e cruéis torturas contra suas vítimas. Era chamada de O Terror do Mar da China.
8. Lozen Apache, EUA, 1840-1890.
Filha do chefe Victorio dos Apaches, juntou-se a ele em sua rebelião iniciada em 1877, quando fugiram de uma reserva miserável para saquear terras dos brancos. Lutando a cavalo com fuzis de repetição, era tida pelos índios como um de seus maiores guerreiros, independente de gênero.
7. Nakano Takeko, Japão, 1847-1868
Criada como samurai, ordenou um batalhão de mulheres num ataque com naginatas (mistura de lança e espada) contra as forças do imperador Meiji, durante a Guerra de Boshin. Ferida a tiros, pediu à irmã que cortasse sua cabeça, para que não fosse levada como troféu pelos soldados.
6. Agustina Domenèch, Espanha, 1786-1857
Em 1808, Agustina tentou levar uma cesta de maçãs para os artilheiros que enfrentavam as forças de Napoleão, em Zaragoza. Ao encontrar canhões abandonados, disparou ela mesma, a poucos metros dos franceses, inspirando os espanhóis a retomar armas. Tornou-se capitã de artilharia.
5. Milunka Savic, Sérvia, 1888-1973
Em 1913, ferida, foi parar num hospital militar. Só então o exército sérvio descobriu seu gênero. Mas Savic era competente demais para ser dispensada: serviu na Primeira Guerra, terminando como a mulher mais condecorada da história, com medalhas pela França, Inglaterra e Rússia.
4. Tômiris, Mesageta, séc. 6 a.C.
Líder do então maior império do mundo, Ciro, o Grande, propôs casamento à rainha dos masságetas. Rejeitado, em 530 a.C. invadiu o país. Tômiris liderou suas tropas pessoalmente, decapitando o persa e enfiando sua cabeça num jarro com sangue, para satisfazer sua sanguinolência.
3. Boadicea, Grã-Bretanha, cerca de 25-61
Após ser chicoteada e ver suas filhas estupradas por legionários, a rainha da tribo dos Iceni liderou seu povo numa insurreição, queimando Londinium (Londres) e aniquilando 70 mil romanos e celtas fiéis a eles. Quando a guerra virou a favor de Roma, suicidou-se para evitar a captura.
2. Lyudmila Pavlichenko, Ucrânia, 1916-1974
Quando os alemães invadiram a União Soviética, em 1941, tornou-se voluntária, não aceitando a sugestão de atuar como enfermeira. Com 309 mortes confirmadas, é a terceira atiradora de elite mais letal da história. Para se ter uma ideia, o atual campeão norte-americano, Chris Kyle, marca apenas 160.
1. Joana D'Arc, França, 1412-1431
Aos 12 anos, afirmou ter tido uma visão em que santos diziam para expulsar os ingleses da França. Comovidos por sua fé, os franceses deixaram a adolescente lutar. Agressiva, comandou vitórias decisivas, como a Batalha de Patay, até ser capturada e queimada como herege pelos ingleses.
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