Pesquisa publicada em 2021 ajuda a desvendar a estrutura dessa criatura gigante. Confira!
Penélope Coelho Publicado em 22/04/2021, às 11h16 - Atualizado em 24/12/2021, às 10h00
Os pterossauros da família Azhdarchidae são seres que ainda causam muitas dúvidas em pesquisadores de todo mundo, mesmo após sua extinção há cerca de 66 milhões de anos, ao final do período Cretáceo.
Esses grandes répteis voadores e primos dos dinossauros foram uma das maiores criaturas que já voaram na Terra, esse aspecto intriga e gera dúvidas nos paleontólogos — já que o pescoço desse animal era comprido como o de uma girafa.
Uma pesquisa publicada pela revista científica iScience ajuda desvendar parte desse mistério.
Após diversas pesquisas realizadas em estruturas ósseas de um fóssil de pterossauros encontrado no Marrocos, os pesquisadores se depararam com uma descoberta inédita.
Inicialmente, a pesquisa estava voltada somente para a captação de imagens da parte externa das vértebras desse animal, entretanto, no caminho, os cientistas encontraram algo ainda mais revelador: uma estrutura intrincada nas vértebras do pescoço dos animais.
O pesquisador da Universidade de Portsmouth, no Reino Unido e coautor do artigo, Dave Martill, informou em nota que a descoberta é “diferente de tudo o que foi visto anteriormente em uma vértebra de qualquer animal”.
Isso porque, anteriormente, acreditava-se que o pescoço dos pterossauros possuía estruturas bem mais simples. Mas, com a revelação foi descoberto que as vértebras cervicais finas do animal conseguiam resgatar força da estrutura externa intrincada, que teve o formato comparado ao de uma roda de bicicleta.
De acordo com os especialistas, essa nova revelação ajuda a compreender melhor como esses répteis voadores conseguiam sustentar o longo pescoço enquanto voavam.
“Parece que a estrutura de vértebras cervicais extremamente finas e o acréscimo de suportes transversais dispostos helicoidalmente resolveram muitas preocupações sobre a biomecânica de como essas criaturas pesadas e enormes (mais de 1 metro e meio) com pescoços mais longos do que a girafa moderna, conseguiam manter a capacidade de voo”, explica Martil.
A evolução transformou essas criaturas em seres voadores impressionantes e com eficiência de tirar o fôlego”, pontua.
Sabe-se que a evolução dos pterossauros ainda é considerada misteriosa, e muitas vezes, um beco sem saída para os estudiosos da área. Uma dúvida que ainda paira no ar é a de se esses animais conseguiam capturar presas pesadas e ao mesmo tempo ainda sustentarem seus corpos enquanto voavam.
Para a pesquisadora envolvida na descoberta, Cariad Williams, essa pergunta ainda não tem uma resposta exata. Mas, os estudos sobre esse assunto devem continuar, para entender ainda melhor o mecanismo de voo dos pterossauros.
Para os especialistas, a recente descoberta sobre a estrutura interna desses animais, fortalece a ideia de que os animais eram seres “fantasticamente complexos e sofisticados”, como definiu Dave Martill. De acordo com o pesquisador, exatamente por esse motivo, ainda existem muitos aspectos sobre esse réptil gigante que serão objetos de novos estudos no futuro.
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