Hayastan Shakarian deixou os dois países desconectados por 12 horas em decorrência de um acidente bizarro ocorrido em 2011
Wallacy Ferrari, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 31/07/2021, às 07h52 - Atualizado em 01/08/2021, às 22h07
A internet é uma ferramenta de comunicação que, cada vez mais, se faz presente no cotidiano da humanidade, possibilitando a digitalização e modernização de sistemas em tempo real, desde serviços públicos até atividades recreativas — como essa leitura que você inicia agora. Tamanha a importância desse instrumento que, no ano de 2011, a Organização das Nações Unidas reconheceu seu uso como um direito do ser humano.
Conforme informou o portal G1 na época, a ONU acrescentou que impedir o acesso de uma população é uma direta violação desta política, criticando leis de bloqueio de acesso que violam direitos de propriedades intelectuais e o conhecimento público. Porém, em março do mesmo ano, uma idosa georgiana não tomou conhecimento desta medida.
Identificada como Hayastan Shakarian, a simples senhora de 75 anos natural da Geórgia foi responsável causar um acidente capaz de deixar seu país inteiro e a Armênia, país vizinho, completamente desconectado da internet, mobilizando autoridades e operadoras multinacionais para tentar identificar a solução ao bizarro acontecimento.
O jornal The Sydney Morning Herald, revelou a história da mulher que, após uma longa investigação, explicou que havia tentado serrar um cabo de fibra ótica ilegalmente para vender em um ferro velho, instalado paralelamente a uma ferrovia no leste do país. A medida resultou em um apagão total na rede de internet do país durante 12 horas.
Ao identificarem o corte, realizado no dia 28 de março de 2011, a operadora verificou a pobre vila de Armazi, ao lado do local onde o cabo foi cortado, em busca de informações sobre a causa, tendo a confissão feita pela idosa aos prantos. A tentativa não chegou a retirar o pedaço desejado, mas conseguiu destruir parte dos fios que mandavam internet aos países.
Questionada em entrevista à AFP, a senhora revelou que sequer sabia o que era internet, visto que não tinha cobertura na região que viveu durante toda a vida — e nem recursos financeiros para assinar a ferramenta caso disponível. Chorando, a senhora se desculpava pela intervenção acidental: "Eu não cortei este cabo. Fisicamente, não consegui", reafirmou.
De acordo com Hayastan, o equívoco foi cometido enquanto tentava cortar lenha, desconfiando de que o material enferrujado não era mais usado. Mesmo assim, o prejuízo com as horas desconectadas da rede mundial de computadores fez com que a idosa fosse acusada de destruição de propriedade.
Na época, o porta-voz do Ministério do Interior da Geórgia, Zurab Gvenetadze, afirmou que a senhora poderia ser condenada e cumprir até três anos de prisão, mas sua idade e ingenuidade em relação ao ato foram primordiais para a avaliação jurídica.
Comentários de usuários em fóruns especializados compreenderam que cerca de 90% dos usos privados de internet no país foram comprometidos, mas argumentavam que as autoridades deveriam ser lenientes pela senilidade da cidadã. Por fim, a rede foi restaurada e a senhora foi recomendada a evitar a intervenção na região, já sabendo a importância da ferramenta.
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