A evolução médica se tornou uma das maiores vitórias para a humanidade
Álvaro Silva, Arquivo Aventuras na História, atualizado por Isabelly de Lima Publicado em 11/12/2022, às 17h00
Desde o início dos tempos, as tecnologias vêm avançando, não somente as relacionadas com internet, mas todo avanço pode ser considerado uma tecnologia de acordo com seu determinado tempo. Muitas delas foram de suma importância para a sobrevivência da humanidade até hoje.
Confira algumas das descobertas que auxiliam a humanidade e que se tornaram indispensáveis atualmente:
Até então, evitava-se varíola com um costume turco de colocar secreções das feridas dos doentes sob a pele de pessoas sãs. Adquiria-se adoença de forma leve, ficando imune ao contágio forte. Mas muitos morriam. Em 1798, o inglês Edward Jenner coletou a secreção de vacas (daí o nome “vaci-na”). Como a varíola bovina não matava ninguém, Napoleão mandou vacinar suas tropas.
O dentista William Thomas Green Morton já havia utilizado nitrogênio para anestesiar pacientes com inflamações dentárias. Em 1846, ele fez um paciente inalar NO2 antes da operação. O paciente nada sentiu. E, cheio de si, Morton disse que aquela era a mais gloriosa descoberta na história da ciência. A sala onde a demonstração foi feita é hoje patrimônio da humanidade.
Não havia mais dor, mas cerca de 45% dos operados morriam misteriosamente. Foi Joseph Lister, cirurgião inglês, quem conseguiu explicar e controlar o fenômeno. Baseado nos estudos de Louis Pasteur, Lister percebeu que microorganismos infeccionavam as feridas dos operados. Decidiu usar um desinfetante, o ácido fênico, durante os trabalhos. O número de mortes em cirurgias caiu para 1%.
O alemão Wilhelm Roentgen descobriu por acaso a estranha radiação que passava por certos materiais e imprimia uma espécie de fotografia. Fez sua esposa meter a mão no meio da radiação e notou que aquele raio que ele chamou de “X” seria útil à medicina.
Em 1901, quando o austríaco Karl Landsteiner publicou um artigo sobre os tipos sanguíneos, era proibido tentar fazer transfusões de sangue. Seu estudo foi um grande avanço, mas não conseguira identificar o tipo AB. A correção foi feita em1909, por Emil von Dungern e Ludwick Hirsfeld. E, desde então, as transfusões passaram a ser uma prática rotineira.
Em 1900, 25 mil pessoas morreram de febre tifoide nos Estados Unidos. Anos depois, esse número cairia para menos de 100 por causa do uso de cloro para purificar a água. A cloração começou a ser usada em Jersey City, e chegou ao Brasil em 1926. Eliminando doenças intestinais infecciosas, ela aumentou a expectativa de vida em mais de 50%.
Ao sair de férias, o médico inglês Alexander Fleming esqueceu amostras de estafilococos em seu laboratório. Quando voltou, as bactérias estavam cobertas de fungos. Um deles, do gênero Penicilium, produzira um halo branco: era a substância bactericida que seria a mãe dos antibióticos.
Foi o francês Jean Baptiste Dausset quem explicou o problema da rejeição de órgãos transferidos de uma pessoa para outra. Ele percebeu que os glóbulos brancos dos pacientes – e não os vermelhos, como se acreditava– eram os responsáveis pela rejeição. Seus estudos lhe renderam o Prêmio Nobel e deflagraram,em dez anos, uma onda de transplantes de órgãos, entre eles, o coração.
A realidade estava cada vez mais próxima da ficção científica. Em Oldham, Inglaterra, nasceu o primeiro bebê de proveta – a pequena Louise Brown. Louise cresceu normalmente. Aos 18 anos,formou-se professora e foi trabalhar em creches. Para gerar a menina, a fertilização in-vitro foi estudada por 16 anos pelos médicos Robert Edwards e Patrick Steptoe. Na época, 15% dos casais não conseguiam ter filhos.
Uma das maiores descobertas médicas ocorreu no início do século 21: o uso de células embrionárias, extraídas do cordão umbilical ou da medula, para reconstituir tecidos. No Brasil, dezenas de cardíacos foram tratados com as células-tronco. Para religiosos radicais, porém, a possível cura de males como a tetraplegia atentam contra a vida porque utilizam embriões humanos.
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