Embora o conceito de turismo já existisse, as inovações do novo império permitiram que mais e mais pessoas viajassem por prazer
Redação Publicado em 27/07/2020, às 08h00
A malha local de estradas com quase 300 mil quilômetros encorajava os viajantes, assim como os festivais e as atrações turísticas incentivavam os moradores das zonas afastadas a ir para a capital.
Enquanto turistas abastados deixavam Roma em direção a resorts à beira-mar no sul do Império, ou iam até as praias da Grécia e do Egito, a capital se transformou rapidamente no destino principal para quem ansiava vislumbrar o esplendor da cidade, assim como os festivais e competições que Roma oferecia.
Saiba mais sobre o intrigante turismo na antiga civilização
Enquanto os turistas mais ricos podiam pagar uma carruagem de madeira exclusiva para eles, os demais usavam os coletivos, assim como os de hoje, com vários bancos e locais comuns para a bagagem.
Vale ressaltar que as rodas eram feitas de ferro e madeira, e faziam um barulho tão alto nas estradas por onde passavam que acordavam os moradores da beira de estrada. Além disso, o número de animais que puxavam a carruagem dependia do tipo, as menores e mais exclusivas usavam dois animais.
A viagem
Embora as estradas do Império Romano fossem boas e bem construídas, a segurança não era um item garantido para quem ia até a capital. Antes de viajar, era bom rezar para Mercúrio, deus dos viajantes, pedindo proteção para a jornada.
Era recomendável viajar de dia, pois os bandidos agiam principalmente à noite, resultando em saques, roubos e até morte. A distância percorrida por dia variava muito, dependendo da carruagem e da rota, que ia de 25 quilômetros num veículo mais simples até 40 num militar.
Hospedagem e alimentação
Enquanto os mais ricos se hospedavam em vilas particulares, onde gozavam as férias, e as opções para os que não tinham recursos não eram nem um pouco luxuosas.
No caminho havia estalagens simples, contíguas a tavernas, cujas instalações eram precárias, sujas e infestadas de percevejos.
O padrão das refeições dependia de quanto dinheiro o turista tinha para gastar. Os menos abastados comiam um prato simples em uma hospedaria. Já quem tinha dinheiro podia ser convidado para um banquete particular, onde desfrutava de diversos pratos, sendo alguns bastante exóticos, como útero de leitoa recheado e língua de pavão
Os festivais
A melhor época para visitar Roma era durante os vários festivais que a cidade abrigava. Muitos deles eram religiosos, com a participação de toda a população. Com muitas opções para escolher, os imperdíveis eram os jogos seculares (que ocorriam a cada 100 anos). Eles duravam três dias e tinham muitas atrações, como peças de teatro, corrida de bigas e, claro, sacrifício de animais.
Além disso, as termas eram uma atração obrigatória na Roma Antiga, e locais perfeitos para os viajantes mais pobres, pois todos podiam pagar. As termas mais famosas eram as de Caracala, Diocleciano e Trajano.
Os turistas praticavam esportes, faziam exercícios, sabiam das últimas notícias ou simplesmente relaxavam nas águas quentes.
As curiosas corridas de biga
Ir ao Circo Máximo assistir a uma emocionante corrida de bigas era um passeio comum na época. Se o turista não conseguisse entrar na arena, podia aproveitar outras atrações
no entorno, como os cavalos, corridas a pé, duelos de gladiadores e caçadas.
Durante o reinado de Probo (276-282), o local se transformou numa mata artifi cial para caçadas e foi ocupado por animais, como avestruzes, zebras, rinocerontes e ursos polares.
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