Dos restos de um templo faraônico até uma rica tumba, as areias do país já revelaram inusitados tesouros da antiga civilização
Giovanna de Matteo / Atualizado por Pamela Malva Publicado em 01/10/2021, às 08h00
Em março de 2021, arqueólogos fizeram uma das maiores descobertas do Egito Antigo. Divulgado pela agência de notícias AFE e pelo site da AH, o achado revelou restos do antigo palácio do Faraó Ptolomeu I graças a uma iniciativa conjunta do Museu Egípcio de Barcelona, da Universidade Tübingen e do Conselho Supremo de Antiguidades do Egito.
Com 15 anos de escavações, os pesquisadores se depararam com inúmeros itens, como tumbas, equipamentos funerários, itens de cerâmica e até mesmo uma caverna que apresentava múmias. Foram os restos do antigo palácio, contudo, que impressionaram os profissionais.
“[É] uma aventura que se iniciou em 1838 quando o egiptólogo Nestor L´Hôte mencionou pela primeira vez a existência de um templo em Sharuna, do qual todos os vestígios se perderam apesar da busca realizada posteriormente por exploradores e egiptólogos no final do século XIX ", disse Luis Manuel Gonzálves, que liderou as escavações. De tão bem preservado, os pesquisadores até mesmo descreveram os blocos: 'Eles estão em um estado de perfeição absoluta. Parece que foram feitos ontem'.
Os vestígios do Egito Antigo são explorados até hoje por estudiosos, e por turistas são apreciados os seus enormes feitos. Achados arqueológicos em pirâmides, templos sagrados, e até mesmo em meio ao deserto, como tumbas, múmias, artefatos e muito outros, são descobertos constantemente e ajudam a revelar os mistérios, costumes, e a história que marcou essa sociedade antiga.
Pensando nisso, separamos outras grandes evidências históricas impressionantes desse período. Confira abaixo!
A barca funerária de Quéops tem 43,6 metros de comprimento e 5,9 metros de largura. Foi produzida com tábuas de cedro-do-líbano e espigas de Paliurus spina-christi. Depois de redescoberto, o barco teve que ser reconstruído, uma vez que havia quebrado ao ser inserido na cova do Faraó.
Pesquisadores acreditam que a estrutura tenha sido construída como uma barca solar, lugar onde o deus sol Rá junto do Faraó — no caso, Queóps, segundo faraó da quarta dinastia egípcia do Império Antigo do Egito — caminhariam até o céu. Outros dizem que o Faraó teria usado a barca como meio de transporte durante peregrinações e visitas a locais sagrados. No entanto, ninguém sabe ao certo o motivo da construção.
A Pedra de Roseta é conhecida como "a pedra mais famosa do mundo". Consiste em um fragmento de uma estela de granodiorito do período Ptolemaico. Ela apresenta textos em três versões com três escritas diferentes.
Sua descoberta foi crucial para a compreensão dos hieróglifos egípcios, dela veio um novo estudo: a egiptologia. Após muitas análises, sua inscrição foi revelada. Nela consta um decreto de um conselho de sacerdotes que estabelece culto ao faraó Ptolemeu V, redigido no primeiro aniversário de sua coroação e promulgado na cidade de Mênfis.
No ano de 1940, em meio à Segunda Guerra Mundial, o arqueólogo francês Pierre Montet em expedição na cidade de Tanis, Egito, fez uma das maiores descobertas faraônicas da história. A tumba do faraó Psusenes I, que também ficou conhecido como o Faraó de Prata, é um dos mais importantes túmulos egípcios já revelados. Ele apresentou uma enorme riqueza e artefatos luxuosos.
Psusenes I foi o terceiro faraó da 21ª dinastia do Egito Antigo e seu reinado foi marcado por instabilidade. Seu túmulo é inteiramente de prata, e isso deu um valor a mais à sua narrativa. Na época, os egípcios consideravam o ouro como a carne dos deuses e a prata seus ossos. O primeiro material era facilmente encontrado na região, já a prata era conseguida apenas por exportação o que a tornava um item muito mais raro e valioso.
Em março de 1898, o egiptólogo francês Victor Loret fez uma descoberta relevante para a arqueologia. No Vale dos Reis, encontrou um túmulo onde estavam às múmias dos faraós Amenófis II, Tutemés IV, Ramsés IV, V e VI, entre outros.
No entanto, uma múmia em especial intrigou os exploradores, e até hoje sua identidade é incerta. Ela foi apelidada de Dama Jovem e tem 1,58 m de altura; Provavelmente tinha pouco mais de 25 anos quando morreu, e foi encontrada com vários ferimentos.
O egiptólogo Grafton Elliot Smith realizou no início do século 20 uma análise sobre a múmia, onde pela primeira vez surgiu a hipótese de que ela fazia parte da família real egípcia. Até hoje, existe um grande debate sobre sua verdadeira identidade.
A criação do obelisco foi ordenada pelo quinto faraó da Dinastia do Egito, Hatshepsut (morto em 1458 aC). A sua origem ainda não é concreta, mas a hipótese mais aceitável é a de que o obelisco começou a ser construído para complementar o Obelisco Lateranense — originalmente construído em Karnak e posteriormente enviado ao Palácio Lateranense, em Roma.
Ele está localizado na região norte das pedreiras do Egito Antigo, em Aswan, e é o maior obelisco inacabado — conhecido até então — e até hoje intriga estudiosos por ser um terço maior do que outros obeliscos egípcios antigos já encontrados. Do ponto de vista arqueológico, este monumento é importante para descoberta das antigas técnicas egípcias onde se utilizava pedras, até hoje um grande mistério para arqueólogos.
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