Ninguém imagina que a sua origem seja tão estranha - Shutterstock

Cigarro nasceu no lixo

Não é exagero; conheça sua história

Lívia Lombardo Publicado em 31/08/2017, às 13h00 - Atualizado em 23/10/2017, às 16h35

Tudo indica que os primeiros fumantes foram os índios das Américas. Para alguns pesquisadores, os antigos moradores do nosso continente começaram esse hábito 17 mil anos atrás. Mas o cigarro como o conhecemos, com folhas de tabaco picadas e enroladas em papel, é uma invenção europeia. Para entender essa história, é preciso voltar ao século 10.

Data dessa época um dos primeiros registros claros de como o tabaco, domesticado até um milênio e meio antes, era consumido. Trata-se de um vaso de cerâmica, decorado com a imagem de um grupo de maias tragando folhas enroladas com uma espécie de barbante. As estratégias para enrolar as folhas variavam. Os astecas as colocavam dentro de tubos de cana, e outras tribos as envolviam em cascas de milho. Em 1492, Cristóvão Colombo desembarcou na América. Junto com ele veio o navegador espanhol Rodrigo de Xeres. Depois de provar um cachimbo dos índios das Bahamas, ele não ficou um único dia sem fumar. Na volta para casa, levou tabaco na bagagem.

Logo os europeus criaram outras formas de consumir a folha. Ainda no século 16, surgiram os charutos, feitos com folhas inteiras e perfeitas de tabaco, enroladas num árduo processo - por isso sempre foram caros e restritos aos ricos. Mas os trabalhadores de Sevilha arranjaram um jeito para dar suas tragadas: eles apanharam restos de charutos nas ruas, picaram tudo e enrolaram em papel. Nascia assim o cigarro.

Passaram-se 300 anos até que ele se popularizasse. Em 1880, 58% dos usuários de tabaco mascavam fumo e só 1% preferia cigarros. A situação começou a mudar em 1881, quando o americano James Bonsack (1859-1924) inventou a máquina de enrolar o produto. Durante a Primeira Guerra, a distribuição nas trincheiras multiplicou o mercado. 

Segundo dados da OMS, Hoje, 1,3 bilhão de pessoas fumam. 80% em países em desenvolvimento, onde os números crescem, enquanto vêm diminuindo nos países ricos (e remediados). Mais de 7 milhões de pessoas morrem anualmente, das quais 890 000 são fumantes passivos, atingidos pela fumaça alheia. 

Em grande parte, essa epidemia se deve ao cigarro, por ser barato e pequeno, incentivando o consumo compulsivo.

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