Fachada do Château de Malmaison; à direita, retrato de Josefina - Wikimedia Commons/Moonik/Jacques-Louis David
Napoleão Bonaparte

Château de Malmaison: o local onde morreu Josefina, amor de Napoleão

Localizada em Rueil-Malmaison, a propriedade histórica foi adquirida por Josefina, esposa de Napoleão Bonaparte, no ano de 1799

Giovanna Gomes Publicado em 27/11/2023, às 17h40

Com uma rica história e uma associação notável com a figura de Josefina Bonaparte, o Château de Malmaison — ou Castelo de Malmaison — é uma icônica residência localizada em Rueil-Malmaison, nos arredores de Paris, França.

Conhecido por sua elegância arquitetônica e por ser um marco importante no contexto da Revolução Francesa e do Império Napoleônico, o local tem sua origem associada a um esconderijo utilizado pelos invasores normandos, conhecido como "Mala domus" ("casa do mal"), mencionado pela primeira vez em textos em 1244. No século 14, a propriedade já era referida como La Malmaison.

Uma das salas do castelo / Crédito: Divulgação/vídeo/Youtube/Paris do Meu Jeito

 

Antigos proprietários

O portal oficial do Museu Nacional do Château de Malmaison aponta que, em 1390, o sargento-de-armas de Carlos VI Guillaume Goudet adquiriu o terreno, que permaneceria na linhagem das famílias Dauvergne, Perrot e Barentin até 1763. A partir de 1737, o castelo seria alugado a ricos financistas, que hospedavam pessoas da elite no local.

Em 1763, a propriedade foi comprada pelo filho do chanceler d'Aguesseau e, em 1771, passou para Jacques-Jean Le Couteulx du Molay, um banqueiro influente. Durante esse período, Madame du Molay realizou um salão literário no castelo, recebendo figuras como Abbé Delille, Madame Vigée-Lebrun, Grimm e Bernardin de Saint-Pierre.

Interior do castelo de Malmaison / Crédito: Divulgação/vídeo/Youtube/Paris do Meu Jeito

 

Vendida a Josefina

Com a Revolução Francesa, os proprietários acabaram vendendo o palácio a Josefina Bonaparte em 21 de abril de 1799 por 325.000 francos. A compra foi aprovada por Napoleão, que voltaria do Egito naquele ano. Assim, entre 1800 e 1802, o castelo serviu como sede do governo francês com o Palácio das Tulherias e foi palco de reuniões ministeriais durante o Consulado.

Em 1802, o então cônsul e sua família acabaram se mudando para Saint-Cloud. Josefina, porém, empreendeu esforços para renovar e expandir o local, que passou a ser chamado de "Palácio Imperial de Malmaison".

Retrato de Joséphine presente nas dependências da residência / Crédoto: Divulgação/vídeo/Youtube/Paris do Meu Jeito

 

Herdada por Eugène

Após o divórcio do casal, ocorrido no ano de 1809, Napoleão entregou a propriedade e suas coleções a Josefina, quem faleceria no local em 29 de maio de 1814. O primogênito dela, o príncipe Eugène, herdou a propriedade, mas a viúva deste vendeu Malmaison ao banqueiro sueco Jonas Hagerman em 1828.

A fonte conta ainda que, em 1842, a rainha Cristina de Espanha, viúva do rei Fernando VII, adquiriu o castelo como sua residência antes de vendê-lo de volta a Napoleão III, neto de Joséphine, já no ano de 1861.

A propriedade acabou sendo danificada durante a Guerra de 1870, sendo, posteriormente, utilizada por quartéis. O palácio seria vendido pelo Estado em 1877 a um comerciante que gradualmente vendeu partes do parque. Em 1896, Daniel Iffla, conhecido como Osíris, adquiriu o palácio e seu parque, doando-os ao Estado em 1903. O museu na propriedade seria inaugurado dois anos depois.

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