Tendo carregado o faraó em sua derradeira viagem, a relíquia virou uma atração turística de grande importância para o Egito
Caio Tortamano Publicado em 23/06/2020, às 08h00
Desde 1982, um fantástico museu expõe uma das mais intactas peças da Antiguidade. Trata-se da barca funerária de Quéops, com 43,6 metros de comprimento e 5,9 metros de largura.
Redescoberta em 1954 por Kamal el-Mallakh, a embarcação permaneceu intocada em um poço fora do planalto das pirâmides de Gizé. Sua construção foi, provavelmente, em razão do falecimento de Queóps, o segundo faraó da quarta dinastia egípcia do Império Antigo do Egito.
Função misteriosa
Ainda não se sabe precisamente a história e a função da embarcação. Pesquisadores acreditam que trata-se de uma barca solar, estrutura que deveria abrigar o deus sol Rá em companhia do Faraó — no caso, Queóps — no caminho até o céu.
Contudo, indícios feitos por pesquisadores na época de sua redescoberta apontam que tratava-se de uma barca funerária temporária. Possivelmente, o corpo do faraó teria sido levado pelo Rio Nilo de Mênfis até Gizé, uma espécie de marcha fúnebre pelo curso do rio.
Outra teoria levantada entre os estudiosos é que o barco teria tido um serviço útil além do pós-morte. Queóps o teria usado como meio de locomoção durante peregrinações, visitas a locais sagrados e etc.
Construção
Produzido majoritariamente com tábuas de cedro-do-líbano e espigas de Paliurus spina-christi, o barco teve que ser reconstruído uma vez que fora desmontado ao ser colocado na cova.
Seguindo uma ordem lógica de montagem — basicamente por tentativa e erro — o navio demorou anos até ser reconstruído completamente. O responsável foi o restaurador-chefe do Departamento de Antiguidades egípcio, Ahmed Youssef Moustafa, que se debruçou durante um bom tempo sobre a verdadeira arte de construir barcos no modelo antigo do Egito.
Moustafa estudou a montagem através de relevos esculpidos em paredes e túmulos, além de observar os exemplares existentes de pequenos barcos de madeira que eram encontrados nessas tumbas. A produção dessas embarcações ainda era praticada em Alexandria, e foi para lá que o restaurador-chefe passou um tempo se aprofundando no tema.
Contando com um método interessante, Ahmed pensou que os construtores de barcos atuais trabalhando no Egito poderiam utilizar métodos e técnicas herdadas de tradições antepassadas. Assim, também pesquisou o processo de construção das barcas.
Depois de finalizada, a relíquia passou a ser exposta majestosamente no Museu do Barco Solar, construído especialmente para abrigar o majestoso exemplar da Antiguidade.
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