Elizabeth Báthory, a Condessa Sangrenta - Wikimedia Commons
Personagem

Banhos de sangue ou conspiração? 5 particularidades sobre a brutal saga de Elizabeth Báthory

A mulher entrou para a história como a maior serial killer feminina e ficou mais famosa ao carregar o apelido 'Condessa Sangrenta'

Caio Tortamano Publicado em 03/10/2020, às 09h00

Com vítimas apontadas como jovens camponesas, Elizabeth Báthory ficou conhecida como a Condessa Sangrenta por ter realizado atos cruéis entre os séculos 16 e 17. Uma das serial killers mais antigas da história foi acusada de matar cerca de 650 pessoas, todavia, pouco se sabe até hoje sobre a saga da mulher.

Conheça 5 curiosidades sobre a mulher que recebeu o apelido de "Condessa Sangrenta".

1. Origem e casamento

Elizabeth Báthory nasceu em 1560, Nyírbátor, atualmente Hungria. Sua família era de origem protestante, e exercia forte influência política na região. Assim, Báthory se casou aos 15 anos com seu primo, o príncipe Ferenc Nádasdy, que passava muito tempo viajando pelo continente e era conhecido por ser um exímio guerreiro.

Por conta da ausência constante do marido, era Elizabeth quem tomava conta de sua família. Rumores diziam que ela era extremamente cruel com os seus funcionários e criados. A reputação piorou drasticamente quando seu marido morreu quando ela tinha 40 anos.


2. Assassinatos

A Condessa teria seduzido garotas jovens com a promessa de que elas poderiam trabalhar de servas domésticas — trabalhar no castelo resultava numa qualidade de vida muito melhor do que nos campos. Diante disso, muitas meninas entre 10 e 14 anos foram levadas pela mulher.

Pintura mostra elizabeth Báthory / Crédito: Wikimedia Commons

 

Um detalhe é que essas mulheres supostamente teriam que ser virgens. É discutido que muitas vítimas com essas características morreram nas mãos da húngara, sofrendo terríveis torturas antes de falecerem. Também é apontado que 600 pessoas teriam morrido nas mãos de Elizabeth. 


3. As torturas

Entre as práticas de tortura, estavam: agulhas cravadas embaixo das unhas, espancamento com porretes e açoites farpados, mãos queimadas e banhos gelados em pleno inverno. 

Vista superior do castelo de Cachtice / Crédito: Wikimedia Commons

 

De acordo com uma lenda, quem incentivou esse instinto assassino na mulher tinha sido seu marido, Ferenc, que teria pego prazer em cometer atos violentos contra pessoas indefesas nos seus anos de guerra.

Depois de mortas (geralmente por fome ou hipotermia), as meninas tinham seu sangue removido, tomando banho com fluido corporal como forma de evitar o envelhecimento, por isso o apelido "Condessa Sangrenta".


4. Julgamento

Por volta de 1600, a população, assustada com as mortes repentinas de centenas de crianças, organizou uma queixa pública contra a mulher na corte de Viena (antigamente pertencente ao império austro-húngaro), e somente em 1610 foi iniciada uma investigação.

Matias II designou György Thurzó, o Palatino da Hungria, para comandar a operação. Thurzó conversou com mais de 300 pessoas sobre o possível estilo de vida e temperamento da condessa. Ao conhecer o seu castelo, em Cachtice, na Eslováquia, se deparou com restos de cadáveres e uma suposta sala de tortura. 

Rei Mathias II / Crédito: Wikimedia Commons

 

Foi tudo que ele precisou para condenar a assassina, que não foi executada, mas ficou isolada no Castelo Čachtice, encurralada num cômodo que apresentava uma passagem para ventilação e outra para comida. Como consequência, foi encontrada sem vida em 21 de agosto de 1614.


5. Conspirações

Muitos historiadores discordam dessa versão, apontando que, para uma mulher ser influente naquela época, era um processo extremamente complicado, e que as crueldades dificilmente passariam impunes, mesmo naquele tempo. 

A historiadora Irma Szádeczky-Kardoss acredita, inclusive, que Báthory foi alvo de uma grande conspiração dos poderosos para tirar do comando do Condado uma mulher. Para isso, os corpos teriam plantados por opositores para que Thurzó os encontrasse.

Segundo o Biography, existem falhas nos relatos que provariam o alto número de crimes de Elizabeth, sendo mais 250 divididos entre boatos ou informações falsas. Em um deles, por exemplo, era discutido que a criminosa contou 650 vítimas, todavia, a testemunha dessa afirmação nunca apareceu.  


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