Creta: Cemitério de pára-quedistas
Fabiano Onça Publicado em 01/06/2008, às 00h00 - Atualizado em 23/10/2017, às 16h36
O historiador britânico Antony Beevor é especialista em resgatar episódios da Segunda Guerra. Desta vez, com Creta (Record), o autor de Berlim e Stalingrado se dedica à batalha da ilha grega de Creta. O local ganhou o apelido de “cemitério dos pára-quedistas alemães” quando, em 20 maio de 1941, cerca de 15 mil pára-quedistas foram lançados sobre a ilha, e boa parte morreu antes mesmo de chegar ao solo. Os alemães venceram, mas perderam um terço dessa força de elite.
Trecho do livro
Embora os soldados do Regimento Tempestade que pousaram a oeste da Colina 107 pudessem abrigar-se do fogo mais perigoso no leito do rio, o III Batalhão do major Scherber, que caiu mais ou menos a 2 quilômetros do campo de pouso (...), sofreu um massacre desde que pularam. A maioria dos homens de Scherber pousou nas posições bem escondidas do Destacamento de Engenharia e do 23º Batalhão da Divisão da Nova Zelândia. Um grupo caiu no quartel-general do batalhão. O coronel Leckie matou cinco e o seu ajudante-de-ordens, sentado numa mala que lhe servia de escrivaninha, matou dois sem se levantar. Gritos exultantes de “Peguem os canalhas!” podiam ser ouvidos por todo lado. Em lugar nenhum foi ouvido com mais alegria que entre os ex-prisioneiros do Centro de Punição de Campanha em Modhion, um pouco mais para o interior do Destacamento de Engenharia. Os soldados ali presos tinham recebido fuzis e a promessa de perdão caso lutassem bem e depois foram soltos para caçar os pára-quedistas espalhados em suas áreas. Sessenta prisioneiros mataram 110 deles em menos de uma hora.
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