Cabral sovina, sobrenome turco e salsa
Álvaro Oppermann Publicado em 01/10/2007, às 00h00 - Atualizado em 23/10/2017, às 16h36
VINHO BARATO
Pedro Álvares Cabral tinha fama de administrador sovina. Ao abastecer sua esquadra para a viagem do descobrimento, escolheu o vinho mais barato que encontrou – de Évora, no Alentejo, lugar mais conhecido pela cortiça da fabricação de rolhas do que por suas cepas. Chamado Pêra Manca, o vinho ainda hoje é fabricado, e os especialistas garantem que, nesses 500 anos, ele melhorou muito. Mesmo na época deu para o gasto: Pero Vaz de Caminha, ao menos, nunca se queixou de dor de cabeça em suas cartas.
SOBRENOME NA MARRA
Sobrenome na Turquia é coisa recente. Lá, eles só foram adotados em 1936, quando um decreto do ditador Kemal Ataturk passou a exigir sua utilização por todos os cidadãos. Até então, a identificação entre o povo era feita pela árvore genealógica (“fulano filho de beltrano que era filho de sicrano etc.”). Imagine onde isso chegava. Em tempo: o governante foi nada modesto ao escolher um para si: “Ataturk” quer dizer “o pai dos turcos”.
SALSINHA PODEROSA
O imperador Carlos Magno tinha fama de bom prato. Aliás, um dos temperos mais utilizados na cozinha ocidental ganhou popularidade por sua causa: a salsa. Ela era conhecida desde a Grécia antiga, mas até o século 8 era usada como enfeite. Quando o imperador provou-a, porém, tudo mudou: ele mandou que a erva fosse plantada de cabo a rabo na França.
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