Nos últimos dias, a Indonésia vem lidando com fortes chuvas, inundações, lava fria e pedras vulcânicas, que provocam danos e já mataram mais de 50 pessoas
Publicado em 13/05/2024, às 13h34
No último fim de semana, até o momento, pelo menos 44 pessoas morreram no oeste da Indonésia, vitimadas por uma série de catástrofes naturais. Presenciando um cenário quase apocalíptico, o país está enfrentando consequências de um vulcão ativo e inundações provocadas por fortes chuvas, segundo a agência local de gestão de desastres.
Conforme descrito pelo UOL, as chuvas duraram horas nos distritos de Agam e Tanah Datar, ao oeste da ilha de Sumatra, inundando rodovias e residências. Em paralelo, atividades sísmicas no Monte Marapi, um grande vulcão no país, expeliu grandes rochas vulcânicas e "lava fria", destruindo ainda mais residências.
Segundo Abdul Malik, diretor da agência de busca e resgate de Pandang, foram recuperados, entre os mortos, os corpos de duas crianças; além disso, as equipes ainda buscam por 15 pessoas desaparecidas.
A destruição se deve principalmente à chamada "lava fria", um magma formado pelos materiais que compõem as paredes de um vulcão — cinzas, areia e rochas — que, com as chuvas, se misturam à água e fluem ao longo da cratera, atingindo bairros inteiros e afetando milhares de pessoas.
Agora, moradores da região de Sumatra Ocidental são recomendados a partir para a casa de parentes que sejam mais seguras que os abrigos em barracas, em casos de chuva forte no país.
Segundo relatos de moradores locais, foi possível ouvir os estrondos de pedras caindo nas estradas em torno de suas residências, criando um cenário devastado. "Eu ouvi um estrondo e um som similar ao de água fervendo. Era o som das rochas caindo", declarou Rina Devina, uma dona de casa, à AFP. Três vizinhos dela morreram.
Estava completamente escuro, então usei meu telefone como lanterna. A estrada estava com lama, então gritei 'Deus tenha piedade!'", acrescentou.
Vale mencionar ainda que a Sumatra Ocidental pode ser considerada como uma região única, sendo possível de registrar chuvas quase o ano todo. "O potencial para inundações e deslizamentos de terra está sempre presente", segundo Dwikorita Karnawati, diretora da Agência de Meteorologia, Climatologia e Geofísica da Indonésia (BMKG).