Em 2011, uma canadense de apenas dez anos identificou uma supernova; na época, se tornou a pessoa mais jovem a realizar tal feito
Redação Publicado em 24/12/2024, às 10h02
Em um marco histórico para a astronomia amadora, uma jovem canadense de apenas dez anos, Kathryn Gray, alcançou o feito notável de identificar uma supernova, tornando-se a pessoa mais jovem, até então, a realizar tal descoberta.
O evento ocorreu em 2011, quando Kathryn analisava imagens obtidas por um observatório amador, repercutiu a BBC na época.
A descoberta se deu a partir de fotografias que foram enviadas ao seu pai, Paul Gray, também um entusiasta da astronomia. Juntos, eles descartaram a possibilidade de se tratar de um asteroide e consultaram registros de supernovas conhecidas para confirmar a observação em questão.
Após a verificação da descoberta pela Sociedade Real de Astronomia do Canadá (RASC), Kathryn foi oficialmente reconhecida como a mais jovem a identificar uma supernova na história registrada.
“Estou muito empolgada. É uma ótima sensação”, explicou ela na época ao jornal canadense Star.
Deborah Thompson, representante da RASC, elogiou a determinação de Kathryn: "É fantástico que alguém tão jovem demonstre paixão pela astronomia. Que descoberta incrível!".
A supernova identificada, denominada 2010lt, está localizada na galáxia UGC 3378, situada a aproximadamente 240 milhões de anos-luz da Terra, na constelação Camelopardalis.
Esses fenômenos cósmicos são raros e ocorrem quando estrelas com massa superior à do Sol passam por uma morte violenta.
A identificação de supernovas requer uma análise cuidadosa de imagens antigas em comparação com novas capturas do mesmo campo estelar.
O brilho intenso das supernovas as torna visíveis mesmo com telescópios simples, destacando-se como pontos luminosos entre as estrelas comuns.
Os astrônomos consideram esses eventos de grande importância, pois, são responsáveis pela formação da maioria dos elementos químicos essenciais à composição da Terra e outros planetas.
Além disso, supernovas distantes são ferramentas valiosas para estimar tanto o tamanho quanto a idade do Universo, conforme apontado em um comunicado da RASC.
