Produção da Cinaima Films recria paisagens e cenas cotidianas da Cidade Maravilhosa no século 19, mas ausências geram debate
Produzido pela Cinaima Films, um vídeo curto tem encantado e intrigado as redes sociais ao apresentar uma visão de como seria a vida no Rio de Janeiro em 1870.
Criado com o auxílio de inteligência artificial, o filme de pouco mais de um minuto mostra paisagens exuberantes, com destaque para praias e montanhas, e cenas cotidianas como passeios à beira de lagos, feiras de rua e caminhadas no Jardim Botânico.
Bondes cruzam as ruas, mercados fervilham e o porto conecta o Brasil ao mundo. O Rio cresce e se transforma.#RioDeJaneiro#Rio#CidadeMaravilhosa#Cinaima#CinaimaFilms#AI#Films#AIMovie#Brasil#Brazil#garotadeipanema#ipanema#copacabanapic.twitter.com/Gjozkx7b9E
— Cinaima Films (@CinaimaFilms) February 26, 2025
Na descrição, em inglês, os produtores descrevem uma cidade "desenhada pelo sol, embalada pelo mar e balançada pela brisa". Os comentários são majoritariamente de elogios à beleza das imagens, incluindo a da eterna Garota de Ipanema, Helô Pinheiro: "Amei! Que imagens lindas da nossa Cidade Maravilhosa. Parabéns!".
No entanto, o vídeo também gerou críticas, especialmente pela ausência de pessoas negras nas imagens. Uma seguidora comentou: "Como era lindo, exceto para negros, mulheres, indígenas, pobres. Idealizado e branqueado, mas se a gente reclamar, é porque somos chatos e cheios de mimimi". A produtora respondeu prometendo uma continuação do vídeo: "Obrigado a todos parte 2 em breve!".
Outro ponto de debate foi a presença de bondes elétricos nas cenas. Em 1870, os bondes ainda eram puxados por animais, e a primeira linha elétrica do Rio de Janeiro só começou a circular em 1892. Além disso, alguns espectadores notaram o uso de um chapéu cônico, típico de sociedades orientais, por um pescador em uma das cenas, o que também gerou questionamentos.